As diversas acepções do termo “vila” e seu rebatimento espacial na cidade brasileira
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.posfau.2019.111574Palavras-chave:
Vilas, Significados do termo, Cidades brasileirasResumo
Do ponto de vista da arquitetura e da cidade, é curioso que um mesmo termo no Brasil possa designar a casa mais rica (o palacete) e um conjunto de casas operárias, ou um aglomerado urbano em sua totalidade e, por outro lado, apenas um bairro de determinada cidade. Enquanto em outros países empregam-se palavras diferenciadas para expressar essas variações espaciais e simbólicas, no Brasil adota-se o mesmo termo. É com o intuito de investigar e demonstrar por que essas coincidências linguísticas referenciando arquiteturas e urbanidades algumas vezes tão divergentes que surge este artigo, apresentando-se as diversas acepções do termo e seu rebatimento espacial na cidade brasileira.
Downloads
Referências
ARAGÃO, Solange de. No interior do quarteirão: um estudo sobre as vilas da cidade de São Paulo. São Paulo: Annablume, 2010.
AZEVEDO, Aroldo de. Geografia humana do Brasil. 23.ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1961.
BENCLOWICZ, Carla Milano. Prelúdio modernista: construindo a habitação operária em São Paulo. Dissertação de Mestrado. São Paulo: FAU-USP, 1989.
BLAY, Eva Alterman. Eu não tenho onde morar: vilas operárias na cidade de São Paulo. São Paulo: Nobel, 1985.
CAPISTRANO, Gradisca de Oliveira Werneck de. A vila nos textos de Alberti e Palladio. Tese de Doutoramento. São Paulo: São Carlos, 2014.
CARPINTÉRO, Marisa Varanda Teixeira. “Imagens do conforto: a casa operária nas primeiras décadas do século XX em São Paulo”. In: BRESCIANI, Maria Stella (Org.). Imagens da cidade. São Paulo: Marco Zero: FAPESP, 1993.
COSGROVE, Denis Edmund. Social Formation and Symbolic Landscape. Originally Croom Helm Historical Geography Series, 1984. University of Wisconsin Press, 1998.
ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE CULTURA. Lisboa: Verbo, 1963.
FLEMING, John; HONOUR, Hugh; PEVSNER, Nikolaus. Dictionary of architecture and lanscape architecture. 5th edition. London: Penguin, 1999.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande e Senzala. 51.ed. São Paulo: Global, 2006 [1933].
FREYRE, Gilberto . Sobrados e Mucambos. 16.ed. São Paulo: Global, 2006 [1936].
FREYRE, Gilberto . Ordem e Progresso. 6.ed. São Paulo: Global, 2004 [1959].
FREYRE, Gilberto. Oh de casa! Recife: Instituto Joaquim Nabuco, 1979.
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa: Editorial Enciclopédia, 1935-60.
GEIGER, Pedro Pinchas. Evolução da rede urbana brasileira. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1963.
GEIGER, Pedro Pinchas & DAVIDOVICH, Fany. Aspectos do fato urbano no Brasil. Revista Brasileira de Geografia (2): abril-junho 1963, p. 263-362.
HALES, Shelley. The Roman House and Social Identity. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
HOMEM, Maria Cecília Naclério. O palacete paulistano. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
LEMOS, Carlos. Alvenaria burguesa. São Paulo: Nobel, 1989.
MARZANO, Annalisa. Roman Villas in Central Italy – A Social and Economic History. Leiden: Brill, 2007.
OLIVA NETO, João Ângelo. Écfrase da Vila de Plínio na Túscia (Plínio, O jovem, Epístola 5.6). Revista USP, Letras Clássicas, São Paulo, v.19, n.1, p. 181-195, 2015.
PEVSNER, Nikolaus. An Outline of European Architecture. London: Pelican Book, 1942.
SARAIVA, Francisco Rodrigues dos Santos. Novíssimo dicionário latino-português. 10.ed. Belo Horizonte: Garnier, 1993.
REIS FILHO, Nestor Goulart. Imagens de vilas e cidades do Brasil colonial. São Paulo: Edusp, 2000.
RONCAYOLO, Marcel & PAQUOT, Tierry. Villes et civilisation urbaine. Paris: Larousse, 1992.
PORTO, D. V. Grande diccionario portuguez ou thesouro da lingua portuguesa. Porto: Ernesto Chardron e Bartolomeu de Moraes, 1874.
UNESCO World Heritage Centre. City of Vicenza and the Palladian Villas of the Veneto (2009). Disponível em: https://whc.unesco.org/en/list/712. Acesso em: 03 jul. 2018, 16:12.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O detentor dos direitos autorais é o autor do artigo. A revista exige apenas o ineditismo na publicação do artigo. O autor tem do direito de divulgar seu artigo conforme sua conveniência devendo citar a revista.
DIADORIM - Diretório de Políticas Editoriais