Fatores de risco para incontinência urinária no puerpério

Autores

  • Lígia da Silva Leroy Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Enfermagem
  • Adélia Lúcio Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Enfermagem
  • Maria Helena Baena de Moraes Lopes Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Enfermagem

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000200004

Resumo

OBJETIVO: Investigar os fatores de risco para a incontinência urinária (IU) no puerpério e as suas características. MÉTODO: Trata-se de estudo caso-controle com 344 puérperas (77 casos e 267 controles), com até 90 dias pós-parto. Foi aplicado, em um único momento, um questionário para os dados sociodemográficos e clínicos, e dois outros para avaliar a perda urinária, situações de perda e o tipo de IU. RESULTADOS: Apresentaram IU de esforço 45,5%, perda urinária diversas vezes ao dia 44,2%, sendo 71,4% em pequena quantidade e 57,1% ao tossir ou espirrar. Em 70,1% dos casos a IU iniciou-se na gestação e permaneceu no puerpério. Ao ajustar-se um modelo de regressão logística binária, apenas IU na gestação (OR 12,82, IC 95% 6,94 - 23,81, p<0,0001), multiparidade (OR 2,26, IC 95% 1,22 - 4,19, p=0,009), idade gestacional no parto maior ou igual a 37 semanas (OR 2,52, IC 95% 1,16 - 5,46, p=0,02) e constipação (OR 1,94, IC 95% 1,05 - 5,46, p=0,035) permaneceram no modelo final. CONCLUSÃO: A IU iniciou-se frequentemente na gestação e permaneceu no puerpério. A presença de IU na gestação, multiparidade, idade gestacional no parto maior ou igual a 37 semanas e constipação foram fatores de risco. No grupo estudado a IU de esforço foi a mais frequente.

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Publicado

2016-04-01

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Leroy, L. da S., Lúcio, A., & Lopes, M. H. B. de M. (2016). Fatores de risco para incontinência urinária no puerpério . Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 50(2), 200-207. https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000200004