Fatores associados ao estado de luto após óbito fetal: estudo comparativo entre brasileiras e canadenses

Autores

  • Gisele Ferreira Paris Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Francine de Montigny Université du Quebec en Outaouais
  • Sandra Marisa Pelloso Universidade Estadual de Maringá; Departamento de Enfermagem, Maringá

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000500002

Palavras-chave:

Morte Fetal, Pesar, Enfermagem Obstétrica, Psicometria, Estudo Comparativo

Resumo

OBJETIVO Verificar aassociação entre o luto complicado e as características sociodemográficas, reprodutivas, mentais, de satisfação conjugal e apoio profissional em mulheres após óbito fetal. MÉTODO Estudo transversal com 26 mulheres que tiveram óbito fetal no ano de 2013 residentes no município de Maringá, Brasil, e 18 mulheres participantes do Centre d'Études et de Rechercheen Intervention Familiale, na Universidade do Quebec em Outaouais, no Canadá. RESULTADOS Por meio da aplicação da versão curta da Perinatal Grief Scale, a prevalência de luto complicado foi maior nas brasileiras (35%) em relação às canadenses (12%). As características das brasileiras associadas ao luto complicado foram a presença de gestação anterior com filho nascido vivo, não ocorrência de perda perinatal anterior, depressão pós-parto e não satisfação conjugal. Para as canadenses, foi observado que 80% das mulheres sem luto utilizaram grupo profissional de apoio. Nas duas populações a ocorrência do luto complicado foi mais frequente nas mulheres com duração na gestação maior que 28 semanas. CONCLUSÃO As mulheres que mais devem ser investigadas no estado de luto são as que moram no Brasil, que não utilizam grupo profissional de apoio, não têm satisfação conjugal, não praticam religião e têm menor escolaridade.

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Publicado

2016-08-01

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Paris, G. F., Montigny, F. de, & Pelloso, S. M. (2016). Fatores associados ao estado de luto após óbito fetal: estudo comparativo entre brasileiras e canadenses. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 50(4), 546-553. https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000500002