Incidência de delirium após internação de idosos com fraturas: fatores de risco e mortalidade
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2020-0467Palavras-chave:
Idoso, Fraturas Ósseas, Hospitalização, Delírio, Mortalidade, Enfermagem GeriátricaResumo
Objetivo: Identificar a incidência, os fatores de risco para o delirium e sua associação com óbito em idosos hospitalizados com fraturas. Método: Coorte prospectiva, com seguimento de um ano de idosos com diagnóstico clínico ou radiológico de fratura, de um hospital de urgência e trauma de Goiás. O desfecho delirium foi definido pela descrição médica no prontuário. As variáveis preditoras foram demográficas, condições de saúde e complicações da internação. Realizou-se análise múltipla hierarquizada utilizando-se regressão de Poisson robusta, com Risco Relativo como medida de efeito. Resultados: Foram incluídos 376 idosos. A incidência de delirium foi 12,8% (n = 48). Os fatores de risco foram: sexo masculino, idade ≥80 anos, demência, cardiopatia, osteoporose, doença pulmonar obstrutiva crônica, acidentes de alta energia, pneumonia, infecção do trato urinário e cirurgia. O risco de óbito na amostra foi 1,97 vezes maior (HR: 1,97 IC 95% 1,19–3,25) em idosos com delírio. Conclusão: O delirium teve uma incidência intermediária (12,8%); o risco de óbito nesse grupo foi cerca de 2 vezes maior em um ano após a admissão hospitalar. Fatores demográficos, história pregressa de doenças, realização de cirurgia e ocorrência de complicações aumentaram o risco e precisam ser monitorados durante a internação de idosos com fraturas.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.