O enfrentamento modera a relação entre intolerância à incerteza e estresse em homens durante a pandemia de Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0303Palavras-chave:
Saúde do homem, Saúde mental, Adaptação psicológica, Estresse psicológico, Covid-19Resumo
Objetivo: Testar o poder explicativo das estratégias de enfrentamento e intolerância à incerteza nos níveis de estresse percebidos pelos homens e testar o papel moderador das estratégias de enfrentamento na relação entre a intolerância à incerteza e o estresse percebido durante a pandemia de Covid-19. Método: Estudo transversal online do qual participaram 1.006 homens que moravam no Brasil durante a pandemia de Covid-19. Os participantes foram recrutados por meio de uma técnica de amostragem em bola de neve e preencheram um questionário contendo medidas de todas as variáveis do estudo. Os dados foram examinados usando uma correlação e uma análise de regressão. Resultados: Intolerância à incerteza (β = 0,51) e recusa (β = 0,.15) previram positivamente o estresse percebido, enquanto o controle (β = −0,31) e o isolamento (β = –0,06) previram-no negativamente. Juntas, essas variáveis explicaram 52% do estresse percebido pelos homens (p< 0,001). O isolamento e o apoio social diminuíram a relação entre a intolerância à incerteza e o estresse (p < .001). Conclusão: Homens com alta intolerância à incerteza e recusa eram mais vulneráveis ao estresse durante a pandemia. No entanto, o enfrentamento ajudou a amenizar a relação entre a intolerância à incerteza e o estresse percebido, sendo uma intervenção psicossocial promissora nesse contexto.
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