O (des)governo na pandemia de COVID-19 e as implicações psicossociais: disciplinarizações, sujeições e subjetividade

Autores

  • Janaína Quinzen Willrich Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Enfermagem, Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. http://orcid.org/0000-0001-7427-9305
  • Luciane Prado Kantorski Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Enfermagem, Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. http://orcid.org/0000-0001-9726-3162
  • Ariane da Cruz Guedes Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Enfermagem, Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-5269-787X
  • Carmen Terezinha Leal Argiles Universidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. http://orcid.org/0000-0002-4036-9553
  • Marta Solange Streicher Janelli da Silva Universidade Federal de Pelotas, Curso de Psicologia, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. http://orcid.org/0000-0003-1479-0544
  • Dariane Lima Portela Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. http://orcid.org/0000-0003-1409-1823

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0550

Palavras-chave:

COVID-19, Consulta Remota, Saúde Mental

Resumo

Objetivo: analisar as implicações psicossociais decorrentes da pandemia da COVID-19, relatadas em atendimento online, pela ótica dos conceitos de biopoder, biopolítica e de governamentalidade de Michel Foucault. Método: pesquisa qualitativa do tipo documental, com a análise dos registros de prontuários de usuários atendidos em um chat de escuta terapêutica, entre abril e outubro de 2020. Resultados: os dados foram organizados em duas temáticas: Governamentalidade na pandemia de COVID-19 e a produção de implicações psicossociais de ansiedade e medo e Disciplinarizações e sujeições na pandemia de COVID-19: subjetividades marcadas pela tristeza e angústia. A primeira demonstra que a “arte de governar” no Brasil produziu instabilidades e incertezas que influenciaram na produção do medo da contaminação/morte/e não acesso ao tratamento e ansiedade. Na segunda temática, percebe-se como o controle disciplinar e a regulamentação biopolítica se combinam. No Brasil, um país extremamente desigual, tem-se produzido sujeição e subjetividades marcadas pela angústia, sentimentos de desânimo e tristeza. Conclusão: os processos excludentes foram aprofundados na pandemia, com exercício de uma biopolítica que precariza a vida e produz sofrimento psíquico.

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Publicado

2022-03-14

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Willrich, J. Q., Kantorski, L. P., Guedes, A. da C., Argiles, C. T. L., Silva, M. S. S. J. da, & Portela, D. L. (2022). O (des)governo na pandemia de COVID-19 e as implicações psicossociais: disciplinarizações, sujeições e subjetividade. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 56, e20210550. https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0550