Avaliação morfológica e morfométrica das ilhotas pancreáticas na fase crônica da doença de Chagas

Autores/as

  • João Carlos Saldanha Faculty of Medicine; Department of Pathology
  • Vitorino Modesto dos Santos Faculty of Medicine; Department of Pathology
  • Marlene Antônia dos Reis Faculty of Medicine; Department of Pathology
  • Daniel Ferreira da Cunha Faculty of Medicine; Department of Pathology
  • Vicente de Paula Antunes Teixeira Faculty of Medicine; Department of Pathology

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0041-87812001000500001

Palabras clave:

Doença de Chagas, Morfometria, Ilhotas pancreáticas, Pâncreas

Resumen

OBJETIVO: Hiperglicemia e anormalidades em testes de tolerância à glicose, observadas em alguns pacientes chagásicos crônicos, sugerem um possível papel de alterações morfológicas e desnervação de ilhotas pancreáticas (IP). Nosso objetivo foi descrever a morfologia e a morfometria de ilhotas pancreáticas na doença de Chagas crônica. MÉTODOS: Estudo morfológico e morfometria computadorizada foram realizados em fragmentos da cabeça, corpo e cauda de pâncreas obtidos em necropsias de oito controles normais e dezessete pacientes chagásicos crônicos; oito com a forma digestiva (Megas) e nove com o quadro clínico de insuficiência cardíaca congestiva. RESULTADOS: O grupo Megas mostrou ilhotas pancreáticas de maior (p < 0,05) área na cauda do pâncreas (10.649,3 ± 4.408,8 µm²) do que os controles normais (9.481,8 ± 3.242,4 µm²) e que o grupo com insuficiência cardíaca congestiva (9.475,1 ± 2.104,9 µm²); o mesmo ocorrendo com a densidade das ilhotas na cauda do pâncreas (respectivamente, 1,2 ± 0,7 vs. 0,9 ± 0,6 vs. 1,9 ± 1,0 IP/mm²). Na cauda do pâncreas dos casos com Megas, houve correlação positiva e significante (r = + 0,73) entre a área e a densidade das ilhotas pancreáticas. Discreta fibrose e infiltrados leucocitários foram vistos nas ilhotas e em gânglios pancreáticos dos pacientes chagásicos. Ninhos de Trypanosoma cruzi não foram observados nos cortes examinados. Indivíduos com a forma Megas da doença de Chagas mostraram aumento da área e da densidade das ilhotas na cauda do pâncreas. CONCLUSÃO: As alterações morfológicas e morfométricas observadas são consistentes com alterações funcionais do pâncreas, incluindo distúrbios da glicemia e da insulinemia.

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Publicado

2001-10-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Saldanha, J. C., Santos, V. M. dos, Reis, M. A. dos, Cunha, D. F. da, & Teixeira, V. de P. A. (2001). Avaliação morfológica e morfométrica das ilhotas pancreáticas na fase crônica da doença de Chagas . Revista Do Hospital Das Clínicas, 56(5), 131-138. https://doi.org/10.1590/S0041-87812001000500001