Resultado precoce e tardio da anastomose íleoanal com reservatório ileal na retocolite ulcerativa

Autores/as

  • Magaly Gemio Teixeira University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Coloproctology
  • Adauto C. Abreu da Ponte University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Coloproctology
  • Manuela Sousa University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Coloproctology
  • Maristela G. de Almeida University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Coloproctology
  • Edésio Silva Filho University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Coloproctology
  • João Elias Calache University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Coloproctology
  • Angelita Habr-Gama University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Coloproctology
  • Desidério R. Kiss University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Coloproctology

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0041-87812003000400002

Palabras clave:

Retocolite ulcerativa, Anastomose íleoanal, Ileostomia, Bolsite

Resumen

A anastomose íleo-anal com reservatório ileal foi um importante avanço no tratamento da retocolite ulcerativa. O objetivo deste trabalho foi determinar se os maus resultados funcionais tardios estariam relacionados às complicações precoces da anastomose íleo-anal com reservatório ileal em doentes com retocolite ulcerativa. MATERIAL E MÉTODO: Oitenta doentes foram operados entre 1986 e 2000, 60 com ileostomia de proteção e 18 sem. Os doentes foram avaliados quanto a incidência de complicações pós-operatórias precoces e tardias. Enfatizou-se a incidência de bolsite no pós-operatório prolongado. RESULTADO: A ileostomia foi fechada em média 9,2 meses após a primeira operação. Quatorze doentes foram excluídos da avaliação tardia: seis perderam o seguimento e quatro faleceram. Quatro doentes permanecem com a ileostomia. Trinta e quatro doentes (42,5%) apresentaram 41 complicações precoces. Vinte e cinco apresentaram 29 complicações tardias: 16 bolsites, três associadas a estenose e uma a disfunção erétil; cinco estenoses e uma de cada das seguintes: hérnia incisional, fístula íleoanal, câncer hepático e endometriose. Seis doentes apresentaram bolsite um ano após a anastomose íleoanal com reservatório ileal (9,8%), nove (14,8%) após três anos, 13 (21,3%), após cinco anos e 16 (26,2%) após seis anos.A freqüência diária média de evacuação era de 12 antes e de 5,8 após a operação.Um reservatório foi removido devido ao aparecimento de fístulas dois anos depois. CONCLUSÃO: A anastomose íleoanal com reservatório ileal está associada com número considerável de complicações. Não há correlação entre bolsite e doença grave, operação com ou sem ileostomia ou complicações pós-operatórias imediatas. A incidência de bolsite foi diretamente proporcional ao tempo de seguimento.

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Publicado

2003-01-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Teixeira, M. G., Ponte, A. C. A. da, Sousa, M., Almeida, M. G. de, Silva Filho, E., Calache, J. E., Habr-Gama, A., & Kiss, D. R. (2003). Resultado precoce e tardio da anastomose íleoanal com reservatório ileal na retocolite ulcerativa . Revista Do Hospital Das Clínicas, 58(4), 193-198. https://doi.org/10.1590/S0041-87812003000400002