Hiperfluxo portal na forma hepatosplênica da esquistossomose mansônica

Autores/as

  • Roberto de Cleva University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • William Abrão Saad University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • Paulo Herman University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • Vincenzo Pugliese University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • Bruno Zilberstein University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • Antonio Atílio Laudanna University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • Joaquim José Gama-Rodrigues University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0041-87812004000100003

Palabras clave:

Hipertensão portal, Hemodinâmica, Sistema porta, Esquistossomose mansônica

Resumen

OBJETIVOS: o objetivo do presente estudo é estudar a hemodinâmica portal em pacientes com hipertensão portal secundária a forma hepatoesplênica da esquistossomose e avaliar a contribuição do hiperfluxo esplênico na sua fisiopatologia CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudados prospectivamente 16 pacientes portadores de hipertensão portal secundária à forma hepatoesplênica da esquistossomose mansônica com indicação de tratamento cirúrgico. Todos foram submetidos a avaliação hemodinâmica portal com cateter de termodiluição 4F antes e após a realização de desvascularização esofago-gástrica com esplenectomia. RESULTADOS: Na avaliação intra-operatória inicial observou-se pressão (28,5 + 4,5 mmHg ) e fluxo (1750,59 ± 668,14 ml/min) portais iniciais bem acima dos valores considerados normais. Houve queda significante de 25% na pressão (21,65 ± 5,55 mmHg ) e de 42% no fluxo (1011,18 ± 332,73 ml/min) ao término da cirurgia. Quatorze pacientes (87.5%) apresentavam fluxo portal superior a 1200 ml/min e, em 5 casos, valores superiores a 2000 ml/min foram observados. CONCLUSÕES: A pressão e o fluxo portais estão aumentados na hipertensão portal esquistossomótica. A desvascularização esofago-gástrica com esplenectomia reduz significativamente tanto a pressão quanto o fluxo portais. Estes dados favorecem a hipótese do hiperfluxo esplâncnico (esplênico e mesentérico) na fisiopatologia da hipertensão portal na esquistossomose forma hepatoesplênica.

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Publicado

2004-02-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Cleva, R. de, Saad, W. A., Herman, P., Pugliese, V., Zilberstein, B., Laudanna, A. A., & Gama-Rodrigues, J. J. (2004). Hiperfluxo portal na forma hepatosplênica da esquistossomose mansônica . Revista Do Hospital Das Clínicas, 59(1), 10-14. https://doi.org/10.1590/S0041-87812004000100003