Análise de custo-efetividade do parto vaginal e da cesariana eletiva na saúde suplementar

Autores

  • Aline Piovezan Entringer Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Fundação Oswaldo Cruz. Neonatologia.
  • Márcia Pinto Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Fundação Oswaldo Cruz
  • Maria Auxiliadora de Souza Mendes Gomes Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Fundação Oswaldo Cruz

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000373

Palavras-chave:

Parto Normal, economia, Cesárea, economia, Avaliação de custo-efetividade, Saúde Suplementar

Resumo

OBJETIVO: Realizar uma análise de custo-efetividade do parto vaginal e da cesariana eletiva para gestantes de risco habitual. MÉTODOS: A perspectiva adotada foi a da saúde suplementar, subsistema de saúde financiador da assistência obstétrica privada, representado no Brasil por operadoras de planos de saúde. As populações de referência foram as gestantes de risco habitual, que poderiam ser submetidas ao parto vaginal ou à cesariana eletiva, subdivididas em primíparas e multíparas com uma cicatriz uterina prévia. Foi construído um modelo de decisão analítico que incluiu a escolha pelos tipos de parto, consequências em saúde para mãe e recém-nascido da internação para o parto à alta da maternidade. As medidas de efetividade foram identificadas a partir da literatura científica. Os dados de custos foram obtidos pela consulta aos profissionais de saúde, tabelas das operadoras dos planos de saúde e publicações de referências de preços de recursos de saúde. RESULTADOS: O parto vaginal foi dominante em comparação com a cesariana eletiva para gestantes de risco habitual primíparas e apresentou menor custo (R$5.210,96 versus R$5.753,54) e melhor ou igual efetividade para todos os desfechos avaliados. Para multíparas com uma cicatriz uterina prévia, a cesariana mostrou-se com custo inferior (R$5.364,07) ao do parto vaginal (R$5.632,24) e melhor ou igual efetividade, portanto mais eficiente para essa população. CONCLUSÕES: É necessário o controle e a auditoria das cesarianas sem indicação clínica, destacadamente em primíparas, contribuindo para a gestão da atenção perinatal.

Publicado

2018-11-14

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Entringer, A. P., Pinto, M., & Gomes, M. A. de S. M. (2018). Análise de custo-efetividade do parto vaginal e da cesariana eletiva na saúde suplementar. Revista De Saúde Pública, 52, 91. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000373