Crítica de arte no primeiro romantismo alemão e produção de subjetividade

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v16i2p57-72

Palabras clave:

Crítica de arte, Friedrich Schlegel, Primeiro Romantismo alemão, Produção de subjetividade.

Resumen

Neste texto sustento que certa noção de crítica de arte proposta por Friedrich Schlegel e pelos primeiros românticos alemães merece uma oportuna retomada, tendo em vista o problema da produção de subjetividade. Começo por delinear a concepção de crítica de Schlegel, tal como é discutida por Walter Benjamin em O Conceito de Crítica de Arte no Romantismo Alemão (1920). Neste movimento expositivo destaco três aspectos da referida noção de crítica: o caráter imanente dos critérios de apreciação do trabalho artístico; a dimensão de preparação do núcleo prosaico da obra; e o sentido positivo, criativo e de restituição da obra individual à infinitude da arte do gesto crítico. Concluo procurando articular a noção de crítica com a noção de “simpoesia”, presente na reflexão de Schlegel e de outros primeiros românticos, sustentando que essas noções podem contribuir para um vocabulário e um discurso de resistência no quadro da produção massiva de subjetivação e de dessubjetivação contemporâneas.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Alexandre Pieroni Calado, Centro de Investigação em Artes e Comunicação
    Licenciado Pré-Bolonha em Teatro, pela Escola Superior de Teatro e Cinema (IPL Lisboa). Mestre em História e Filosofia da Ciência, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (UNL Lisboa). Doutor em Artes Cênicas, pela Escola de Comunicação e Artes (USP São Paulo). Dirigiu Dramas de Princesas. A Morte e a Donzela (2015), Woyzeck 1978 (2014), Quarteto (2013), Pregação (2012), Tête de Meduse (2010), da beleza ou o sistema nervoso dos peixes (2009), Húmus: Tríptico#2 (2014), Mecânica das Paixões (2012) e Miss Puss / Mestre Gato (2007). No teatro trabalhou com Ivica Buljan, Rogério de Carvalho, Amândio Pinheiro, Anabela Mendes, entre outros. É membro do Centro de Investigação em Artes e Comunicações (UAlgarve /IPLisboa).

Referencias

AGAMBEN, G., 2009. O que é o Contemporâneo? e outros ensaios. Chapecó: Editora Argos.

BENJAMIN, W., 2002 [1920]. «The Concept of Criticism in German Romanticism». In: BENJAMIN, W., 2002. Selected Writings, ed. Marcus Bullock and Michael W. Jennings. Cambridge/London: The Belknap Press of Harvard University Press. Vol. 1, pp.116-200.

DE MEDEIROS, C., 2015. A Crítica Literária de Friedrich Schlegel. Tese de Doutoramento. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. 241 pp.

NOVALIS, 1997. Philosophical Writings. Trans., Ed. Margaret Mahony Stoljar. New York: State University of New York Press.

NOVALIS, 2000. Fragmentos. Sel., Trad., Desenhos Rui Chafes. Lisboa : Assírio & Alvim.

SCHLEGEL, F., 1991. Philosophical Fragments, trans. Peter Firchow. Minneapolis/London: University of Minnesota Press.

SCHLEGEL, F., 2015. Da Essência da Crítica e Outros Textos, trad. e prefácio Bruno Duarte. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Fontes na Rede Mundial

Speight, Allen, "Friedrich Schlegel", The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Winter 2015 Edition), Edward N. Zalta (ed.), URL = <http://plato.stanford.edu/archives/win2015/entries/schlegel/>. Acedido a 4/9/2016.

Publicado

2016-12-21

Número

Sección

EM PAUTA

Cómo citar

Calado, A. P. (2016). Crítica de arte no primeiro romantismo alemão e produção de subjetividade. Sala Preta, 16(2), 57-72. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v16i2p57-72