Espaços para conversar: a espacialidade como dispositivo dramatúrgico convivial

Autores

  • Marcos Coletta Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Belas-Artes

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v22i3p112-136

Palavras-chave:

Dramaturgia expandida, Cena convivial, Teatro performativo, Teatro brasileiro contemporâneo

Resumo

Este artigo aborda espacialidades cênicas pensadas como ambientes compositores e facilitadores da dinâmica dramatúrgica convivial e performativa que privilegia e acentua a relação entre atores e espectadores. O autor realiza uma breve retrospectiva histórica de alguns exemplos importantes para a explosão do espaço teatral no século XX, e discute as singularidades espaciais de três espetáculos teatrais brasileiros contemporâneos que trabalham espacialidades relacionais como um ponto nevrálgico de suas dramaturgias: Hysteria (2001), do Grupo XIX de Teatro (São Paulo); Aquilo que meu olhar guardou para você (2012), do Grupo Magiluth (Pernambuco); e Fauna (2016), do Grupo Quatroloscinco – Teatro do Comum (Minas Gerais).

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Publicado

2023-12-29

Edição

Seção

DOSSIÊ ESPACIALIDADES E VISUALIDADES NA CENA EXPANDIDA

Como Citar

Coletta, M. . (2023). Espaços para conversar: a espacialidade como dispositivo dramatúrgico convivial. Sala Preta, 22(3), 112-136. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v22i3p112-136