Células da glândula mamária ovina cultivadas in vitro expressam beta-lactoglobulina e beta-caseina

Autores

  • Mariana Ianello Giassetti Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Reprodução Animal
  • Flávia Regina Oliveira de Barros Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Reprodução Animal The Hospital for Sick Children
  • Camilla Mota Mendes Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Reprodução Animal
  • Marcelo Demarchi Goissis Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Reprodução Animal
  • Fernanda Sevciuc Maria Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Reprodução Animal
  • Adriano Felipe Perez Siqueira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Reprodução Animal
  • Renata Simões Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Reprodução Animal Universidade Federal do ABC, Centro de Ciências Naturais e Humanas
  • Mayra Elena Ortiz Avila Assumpção Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Reprodução Animal
  • José Antônio Visintin Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Reprodução Animal

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2017.125590

Palavras-chave:

Cultura de célula mamaria, Proteínas do leite, Beta-caseína, Ovelha

Resumo

A expressão in vitro de proteínas do leite e essencial para explorar as células da glândula mamaria como um modelo biológico. A desagregação tecidual via enzimática e amplamente utilizada para o estabelecimento cultivo de células mamarias. No entanto, seu efeito a longo prazo no cultivo de células da glândula mamaria ovina ainda não e bem elucidado. Este estudo tem como objetivo comparar dois métodos de dissociação tecidual, mecânico/enzimático e mecânico, para estabelecer cultivo celular de glândula mamaria ovina. A indução da diferenciação celular, por adição de soro de ovelha lactante ou soro fetal bovino, foi avaliada pelos níveis de expressão de proteínas do leite (beta-lactoglobulina, alpha s1-caseina e beta-caseína). Células mecanicamente dissociadas foram positivamente marcadas para a presença de citoqueratina 8.13, marcador para células epiteliais mamarias. Essas células são as responsáveis pela produção das proteínas do leite e são pouco marcadas para a presença de vimentina, marcador para células de origem mesenquimal. Já as células obtidas da dissociação mecânica/ enzimática foram positivamente marcadas para presença de vimentina. A maior velocidade de crescimento (células/hora) foi observado para o grupo com dissociação mecânica cultivado em meio com 10% de soro fetal bovino. As células obtidas tanto da dissociação mecânica quanto mecânica/enzimática foram capazes de expressar beta-lactoglobulina e beta-caseína, mas não alfa s1-caseina. A expressão relativa de beta-lactoglobulina não foi afetada pelo método de dissociação ou meio de cultivo. A expressão relativa da beta-caseína foi negativamente regulada para células mecanicamente dissociadas e cultivadas na presença de soro de ovelha lactante (P = 0,019). A expressão relativa da beta-caseína também foi negativamente regulada para células dissociadas de forma mecânica/enzimática e cultivadas com soro fetal bovino (P = 0,021). Nas condições do presente estudo, concluímos que o método de dissociação mecânica seguido pelo cultivo em meio com 10% de soro fetal bovino foi o método mais eficiente para induzir a expressão mRNA de proteínas do leite por células epiteliais mamarias ovinas in vitro.

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Biografia do Autor

  • Mariana Ianello Giassetti, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Reprodução Animal
    Brasil

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Publicado

2017-08-18

Edição

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ARTIGO COMPLETO

Como Citar

1.
Giassetti MI, Barros FRO de, Mendes CM, Goissis MD, Maria FS, Siqueira AFP, et al. Células da glândula mamária ovina cultivadas in vitro expressam beta-lactoglobulina e beta-caseina. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 18º de agosto de 2017 [citado 18º de maio de 2024];54(2):188-96. Disponível em: https://www.journals.usp.br/bjvras/article/view/125590