Variação sazonal da própolis do Sul do Brasil:

screening fitoquímico, atividade antimicrobiana e efeitos em células epiteliais mamária bovina

Autores

  • Samira de Aquino Leite Fiordalisi Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
  • Luciana Aparecida Honorato Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas
  • Shirley Kuhnen Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural, Laboratório de Morfofisiologia e Bioquímica Animal https://orcid.org/0000-0002-1882-5241

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2019.149146

Palavras-chave:

Células MAC-T, Mastite bovina, Propolis brasileira, Staphylococcus aureus

Resumo

Estudos prévios tem demonstrado o potencial terapêutico da propolis do Sul do Brasil (Urupema, Santa Catarina), em particular no tratamento da mastite bovina. O presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito da variação sazonal sobre a composição química da própolis de Urupema do Sul do Brasil e suas atividades antimicrobiana e citotóxica visando o tratamento da mastite bovina. A atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus foi avaliada, juntamente com a citotoxicidade e indução de apoptose em células epiteliais mamárias bovina da linhagem MAC-T. Com exceção da própolis da primavera, o flavonóide quercetina foi o composto majoritário em todas as amostras. A concentração inibitória mínima (CIM) da propolis contra S. aureus de leite mastítico foi 140 μg/mL para as amostras de primavera, outono e inverno e 280 μg/mL para a amostra coletada no verão. Para as células MAC-T, o extrato de própolis da primavera foi
o mais tóxico, sendo a IC50 120 μg/mL. Entretanto, com 120 μg/mL do extrato de própolis primaveril, somente 0,77% de células MAC-T necróticas e 37% apoptóticas foram encontradas. Portanto, a indução da morte celular por apoptose pelo extrato de própolis sugere danos possivelmente menos graves a glândula mamária bovina. Além disso, somente uma pequena variação sazonal foi encontrada para a composição química da propolis do Sul do Brasil, a qual não prejudicou suas atividades biológicas. Portanto, esta própolis mostra como uma alternativa promissora ao uso de antimicrobianos comerciais no controle da mastite bovina e uma opção para subsidiar a produção orgânica de leite.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2019-07-05

Edição

Seção

ARTIGO COMPLETO

Como Citar

1.
Fiordalisi S de AL, Honorato LA, Kuhnen S. Variação sazonal da própolis do Sul do Brasil:: screening fitoquímico, atividade antimicrobiana e efeitos em células epiteliais mamária bovina. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 5º de julho de 2019 [citado 18º de maio de 2024];56(1):e149146. Disponível em: https://www.journals.usp.br/bjvras/article/view/149146