Estímulo olfativo como enriquecimento ambiental para cães de abrigo: um estudo piloto
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2023.203068Palavras-chave:
Canis lupus familiaris, Enriquecimento ambiental, Estímulo olfativo, Aromas, AbrigoResumo
As técnicas de enriquecimento ambiental incluem estímulos olfativos para aumentar o bem-estar animal. O objetivo deste estudo foi analisar as reações de 41 cães de abrigo expostos a estímulos odoríferos, como o método utilizado em outro estudo com canídeos selvagens. As reações dos cães foram analisadas pelo método animal focal, com todos os comportamentos registrados. As respostas comportamentais foram classificadas como positivas (P+), negativas (N-) ou outras (Ot). As variáveis independentes foram todos os cães e o tamanho das matilhas. Foi analisado o comportamento entre o basal (sem estímulo), exposição e após a retirada do estímulo. Para todos os cães, os estímulos olfativos aumentaram significativamente P+ (P=0,001) e N- (P=0,004), contrastando com a diminuição dos comportamentos Ot (P=0,001) da fase basal para a de exposição. Após a retirada dos estímulos, os comportamentos P+, N- e Ot retornaram aos níveis basais (P>0,05). Não houve diferenças significativas (P>0,05) no comportamento de matilhas pequenas ou grandes expostas a estímulos. Os cães são sensíveis a estímulos olfativos, mas a excitação parece ser generalizada para ambos, P+ e N-. É indesejável um aumento de N- para melhoria do bem-estar animal. Ao contrário do que foi observado em um estudo com canídeos selvagens, o método falhou em abrigar cães porque o N- foi aumentado. A introdução de uma novidade repentina (estímulo olfativo) em um ambiente de abrigo empobrecido, pode ter causado excitação exagerada nos cães. Sugere- se alterações no método, como a exposição de estímulos a cada cão em uma sala isolada necessária para aumentar o bem-estar do cão abrigado.
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