Quando 1 = 1 ≠ 2: práticas matemáticas no Parque Indígena do Xingu
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v3i3p30-46Keywords:
etnomatemática, etnologia, etnociência, kayabi, suyá, jurunaAbstract
Este relato etnográfico da atividade matemática dos Kayabi, Suyá e Juruna do Parque Indígena do Xingu, Mato Grosso, mostra a aritmética desenvolvida num contexto social específico - o Posto Indígena Diauarum. Trata dos significados, valores, propriedades simbólicas e tensões entre dois fenômenos constrastantes de troca: o princípio de reciprocidade (a obrigação de dar, receber e retribuir) e a ação econômica capitalista (o lucro como um fim em si mesmo). A teoria da prática proposta por Lave (1988) - que inclui noções de múltiplas atividades e o conceito de recursos estruturantes - ilumina a maneira com que dilemas aritméticos são gerados e resolvidos por atores sociais. A articulação de princípios de reciprocidade e de acúmulo de riquezes desafia a universalidade da "matemática real", propondo uma abordagem dialética e transformando a matemática num produto do trabalho social e da elaboração simbólica.Downloads
Download data is not yet available.
Downloads
Published
1993-03-30
Issue
Section
Articles and Essays
License
I authorize Cadernos de Campo Journal of Anthropology to publish the work of my authorship/responsibility, as well as I take responsibility for the use of images, if accepted for publication.
I agree with this statement as an absolute expression of truth. On my behalf and on behalf of eventual co-authors I also take full responsibility for the material presented.
I attest to the unpublished nature of the work submitted
How to Cite
Ferreira, M. K. L. (1993). Quando 1 = 1 ≠ 2: práticas matemáticas no Parque Indígena do Xingu. Cadernos De Campo (São Paulo, 1991), 3(3), 30-46. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v3i3p30-46