Números, casos e (sub)notificações
a vigilância epidemiológica e o boletim epidemiológico como tecnologias do biopoder
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v29isuplp182-193Palavras-chave:
Antropologia da saúde, Epidemia, Covid-19, BiopolíticaResumo
O objetivo artigo é colocar sob escrutínio antropológico a vigilância epidemiológica e seu boletim epidemiológico, entende-os enquanto tecnologias no sentido foucaultiano. Inscritos na lógica do biopoder, tais instrumentos seriam tecnologias de gestão da vida e da morte e, no contexto epidêmico, não devem ser lidos como um amontoado de dados, mas antes, como tecnologias discursivas produtora de sentidos sanitários, científicos, sociais e morais. Para tanto, lança-se mão das contribuições da antropologia e história da saúde, da ciência e das práticas de Estado com o objetivo de entender a vigilância epidemiológica do COVID-19 em toda sua complexidade.
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