Entrevista com Jaa Torrano - Tradução da acribia poética

Autor/innen

  • André Malta Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2359-5388.i15p185-190

Abstract

Nos 40 anos (que completa em 2015) como professor de língua e literatura grega na FFLCH-USP, Jaa Torrano (Olímpia/SP, 1949) criou uma forma muito particular de transposição, segundo a qual verter é fonte e fim da atividade de interpretação. Mas quem o conhece sabe: essa opção pela não dissociação entre estudo e versão não o fez corroborar a ideia batida - e ainda difundida entre acadêmicos - de que traduzir é prosaicamente transportar sentidos. Torrano, ao contrário, forjou uma economia poética, porque atento à voz do mito grego - a uma linguagem que tem, como já disse, seu próprio mo(vi)mento - e porque desinteressado de formalismos (ritmos, metros, sons) que por vezes estrangulam o conceito de "poético" entre nós. Os resultados, que podem ser conferidos no tratamento dado seja à épica de Hesíodo (Teogonia/1981), seja às sete peças de Ésquilo (Oresteia/2004; Tragédias/2009) e dezenove de Eurípides (no prelo), revelam um verso solto mas nunca frouxo, preciso e denso, pessoal e reverberante, verque que evidencia, assim, a presença de outras exigências e a necessidade de outros desafios, nas entrelinhas, para além da materialidade do verso.

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Autor/innen-Biografie

  • André Malta, Universidade de São Paulo
    É professor de Língua e Literatura Grega da FFLCH-USP. Autor de A Selvagem Perdição: Erro e Ruína na Ilíada (Odysseus, 2006), traduziu, de Homero, quatro cantos da Ilíada (1, 9, 16 e 24); de Platão, cinco obras: Íon Hípias Menor (L&PM, 2007) e Êutifron, Apologia de Sócrates Críton (L&PM, 2008).

Veröffentlicht

2015-12-30

Ausgabe

Rubrik

Não definida

Zitationsvorschlag

Entrevista com Jaa Torrano - Tradução da acribia poética. (2015). Cadernos De Literatura Em Tradução, 15, 185-190. https://doi.org/10.11606/issn.2359-5388.i15p185-190