AS FORMAS DO EU NA FICÇÃO DE RODRIGO DE SOUZA LEÃO

Authors

  • Juliana Silva Sá Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Juciane Santos Cavalheiro Universidade do Estado do Amazonas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i13p138-149

Keywords:

Rodrigo de Souza Leão, Brazilian literature, autobiographical fiction, performance, autofiction.

Abstract

The biographical records about Rodrigo de Souza Leão allow us to establish some connections between the factual and the fictional registered in his literary works. The characters of the novels and the actions that are presented somehow reproduce some of the individual attributes and events experienced by the writer. The hypothesis of an autoficcional project seems valid to us, justifying therefore different degrees of relationship between the literary work and its creator. Given these impressions, in this paper we propose a reading of the functions / figurations in which the narrators-characters of Todos os cachorros são azuis (2008), Me roubaram uns dias contados (2010) and O Esquizoide: coração na boca (2011) are recognizable in their novels assumed as it follows: narrator-author; narrator as a witness; and narrator-playwright.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Juliana Silva Sá, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Doutoranda em Letras – Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mestre em Letras e Artes (2014) pelo Programa de Pós-Graduação em Letras e Artes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Graduada em Letras: habilitação em Língua Portuguesa e suas literaturas (2012), pela mesma instituição. Produtora editorial e redatora.

  • Juciane Santos Cavalheiro, Universidade do Estado do Amazonas
    Doutora em Linguística (2009) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Mestre em Linguística Aplicada (2005) e Graduada em Letras (2003) pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. Leciona nos cursos de graduação em Letras e de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Letras e Artes (PPGLA), ambos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), atuando, desde 2011, como coordenadora deste último. É autora de Literatura e Enunciação (2010), organizadora de Literatura, Interfaces, Fronteiras (2010) e Alteridade consoante (2013).

References

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo Sacer III). Trad. Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.

AGAMBEN, Giorgio. “O autor como gesto”. In: Profanações. São Paulo: Boitempo, 2007. p. 55-63.

BARRETO, Lima. O cemitério dos vivos. São Paulo/Rio de Janeiro: Editora Planeta do Brasil/Fundação Biblioteca Nacional, 2004.

BARRETO, Lima. Diário do hospício; O cemitério dos vivos. São Paulo: Cosac. Naify, 2010.

BARTHES, Roland. “A morte do autor”. In: O rumor da língua. Trad. Mário Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

CAVALHEIRO, Juciane dos Santos. “A concepção do autor em Bakhtin, Barthes e Foucault”. Signum: Estudos da Linguagem, Londrina, v.11, n.2, p. 67-81, dez., 2010.

COLONNA, Vincent. Autofictions & autres mythomanies littéraires. Auch: Tristram, 2004.

DOUBROVSKY, Serge. Fils. Paris: Galilée, 1977.

FOUCAULT, Michel. “A escrita de si”. In: ¬¬ O que é um autor? 7. ed. Lisboa: Vega, 2009.

FOUCAULT, Michel. Problematização do sujeito: psicologia, psiquiatria e psicanálise. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002. p. 232-267. (Ditos & Escritos, vol. I.).

FOUCAULT, Michel. “O que é um autor?” In: Estética: literatura e pintura, música e cinema. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. p. 264-298. (Ditos e Escritos, vol. III).

GASPARINI, Philippe. Autofiction: une aventure du langage. Paris: Seuil, 2008.

HIDALGO, Luciana. “Autoficção brasileira: influências francesas, indefinições teóricas”. Alea [online]. Rio de Janeiro, vol. 15, n. 1, p. 218-231, jan. – jun. 2013.

HIDALGO, Luciana. Literatura da urgência: Lima Barreto no domínio da loucura. São Paulo: Annablume, 2008.

KLINGER, Diana. Escritas de si e escritas do outro: autoficção e etnografia na literatura latino-americana contemporânea. 2006. 204f. Tese (Doutorado em Literatura Comparada. Curso de Pós-Graduação em Letras), Faculdade de Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

KLINGER, Diana. “Escrita de si como performance”. Revista Brasileira de Literatura Comparada, n. 12, 2008. p. 11-30.

LEJEUNE, Philippe. O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet. Trad. Jovita Maria Gerheim Noronha e Maria Inês Coimbra Guedes, Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

MIRANDA, Wander Melo. “A ilusão autobiográfica”. In: Corpos Escritos: Graciliano Ramos e Silviano Santiago. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2009. p. 25-41.

SOUZA, Eneida Maria. Janelas Indiscretas: Ensaios de crítica biográfica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

SOUZA LEÃO, Rodrigo de. Todos os cachorros são azuis. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008.

SOUZA LEÃO, Rodrigo de. Me roubaram uns dias contados. Rio de Janeiro: Record, 2010.

SOUZA LEÃO, Rodrigo de. O Esquizoide: coração na boca. Rio de Janeiro: Record, 2011.

Published

2014-12-12

Issue

Section

Articles

How to Cite

Sá, J. S., & Cavalheiro, J. S. (2014). AS FORMAS DO EU NA FICÇÃO DE RODRIGO DE SOUZA LEÃO. Revista Criação & Crítica, 13, 138-149. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i13p138-149