A Estética da Culpa e a Sombra da Tradição: Notas para a análise de A queda, de Albert Camus

Autores/as

  • Raphael Luiz Araújo Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Departamento de Letras Modernas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v2i3p115-128

Palabras clave:

Albert Camus, A queda, Charles Baudelaire, riso.

Resumen

Este texto pretende fazer uma introdução ao livro A queda, de Albert Camus, levando em conta considerações suscitadas por Jacquéline Lévi-Valensi e Anne Coudreuse, duas especialistas da obra. Escrita nos primeiros anos do pós-guerra, A queda se constitui como um monólogo híbrido que se subdivide em encenações teatrais, anedotas romanescas e máximas moralizantes. Essa estrutura adéqua-se inteiramente à concepção ideológica da obra, que busca questionar os discursos tradicionais, revelando a decadência do sentido atribuído à linguagem. A derrocada dos valores humanos reflete-se no protagonista por meio da sua hipocrisia — oscilante entre maldade e culpabilidade — que o leva a dividir-se em confissões duplas, pois também são acusações. Indiretamente, tal postura remete-se ao intertexto baudelairiano, que por meio do conceito do riso, é capaz de sintetizar essa denúncia ao julgamento universal.

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Publicado

2009-10-15

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

Araújo, R. L. (2009). A Estética da Culpa e a Sombra da Tradição: Notas para a análise de A queda, de Albert Camus. Revista Criação & Crítica, 3, 115-128. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v2i3p115-128