Os gigantes da montanha e o semblante do real
DOI:
https://doi.org/10.5935/0103-4014.20180046Palabras clave:
Pirandello, Máscaras nuas, Semblante do real, Os gigantes da montanhaResumen
A questão que acompanhou Pirandello em suas reflexões sobre o teatro, refletida em sua composição dramatúrgica, foi a convicção da impossibilidade de representar o real do personagem (a máscara) por um ator. Todo personagem pirandelliano exige que o tomemos como real. Estamos diante de um modo de pensar o teatro que revoga a representação na própria cena, apontando como impossível o ato de representar um personagem. Em nosso autor a máscara nua é um elemento de combate ao mundo sensível, nos indicando como saída a este mundo forjado, simplesmente o impensável: personagens verdadeiramente vivos, que resistem ao real intimidador do mundo sensível. Tal pensamento, que coloca às avessas o real, se materializa de forma indiscutível em Os gigantes da montanha (1936), texto deixado incompleto e construído na matéria dos sonhos.
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