Injustiças e astúcias associativas nas ocupações das escolas públicas do Rio de Janeiro em 2016
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202147238861Palabras clave:
Sentidos de injustiça, Escola justa, Direitos humanos, Mobilizações estudantis, Astúcias associativasResumen
A partir de dados qualitativos construídos em pesquisa de campo realizada no ano de 2016 em cinco escolas públicas estaduais do Rio de Janeiro, são analisados os sentidos de injustiça que atravessam a escolarização pública estadual e os modos de atuar que conformam as ocupações das escolas e a experiência escolar atual. As análises conduzem a ampliar a definição da escola como arena pública e à percepção da multiplicidade de formas pelas quais os vínculos políticos se constituem, se rompem e se mantêm na escola e nas ocupações, assim como a interrogar as deficiências do equipamento público escolar e das políticas públicas destinadas ao ensino médio no Rio de Janeiro e noutros estados. Na mesma direção, argumenta-se no sentido de mostrar o instável e dificultoso trabalho associativo dos estudantes em vista de sustentar, enquanto coabitam a escola ocupada, a denúncia dos problemas que atravessam sua escolarização. As situações encontradas interrogam tanto a oferta de uma escola pública habitável quanto a ineficácia da qualificação escolar dos estudantes/jovens das classes populares brasileiras, entre os quais as questões problemáticas trazidas à tona evidenciam uma difícil batalha pela escolarização e pela autonomização nas condições complexas, desiguais e plurais da sociedade brasileira atual.
Descargas
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Educação e Pesquisa
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los conceptos emitidos en los artículos son de exclusiva responsabilidad de sus autores y no reflejan necesariamente la opinión de la redacción.
Está permitida la reproducción total o parcial de los trabajos, siempre y cuando se indique explícitamente la fuente.