Transfert, désir et acte en cas d'inclusion scolaire
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v25i3p534-551Mots-clés :
transfert, désir, acte, agressivité, inclusion scolaireRésumé
Il s’agit d’un cas accompagné dans un école, dans lequel une professeure et l’assistant en pratiques inclusives ont manié les violences et les auto-agressions d’un enfant par la voie du transfert, du désir et de l’acte. Par violence, nous comprenons les actes du sujet articulés à la satisfaction de la pulsion de mort. Les opérateurs conceptuels de la psychanalyse d’orientation lacanienne ont été pris comme principes directeurs pour la conduite du cas et pour la lecture critique de l’institution, qui a montré de la difficulté d’inclure l’inattendu et le disruptif des violences et auto-agressions comme objets puissants pour le travail. Il a été vérifié que le désir et l’acte ont provoqué, par contingences distinctes, un changement de position subjective de l’éducatrice, de l’assistant, et ensuite la prise de la parole par l’enfant. Il a été mis en évidence la préoccupation majeure de l’institution, incarnée dans la figure de la conseillère en pratiques inclusives, d’évaluer ce qui était produit par chaque éducatrice en salle de classe, du point de vue de la confection et de l'adaptation des activités pour les élèves en situation d’inclusion, en détriment de l’écoute des impasses de l’équipe. Dans ce cas, le concept lacanien de l’extimité peut orienter le travail du professionnel auprès des institutions qui se prétendent inclusives. Qu’il soit engagé par la famille en tant qu'accompagnateur thérapeutique ou, spécialement, par l’école en tant qu’assistant en pratiques inclusives, le défi est d’établir un lien avec l’institution sans nécessairement répondre à toutes ses demandes, qui peuvent éventuellement empêcher l’écoute de l’enfant qui urge. Pour ce faire, le professionnel doit être ouvert aux contingences des rencontres, en permettant que quelque chose de nouveau puisse s’inscrire dans l’expérience scolaire de l’élève.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
Almeida, S. F. C. De. (2001). Psicanálise e educação: revendo algumas observações e hipóteses a respeito de uma (im)possível conexão. In Colóquio do LEPSI IP/FE-USP, 3., São Paulo. (não paginado). Proceedings online. Recuperado de http ://www.proceedings.scielo.br/scielo.php ?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032001000300011&lng=en&nrm=abn
Baio, V. (1999). O ato a partir de muitos (C. Drummond, trad.). Revista Curinga. (31), 55-62.
Brodsky, G. (2009). As utopias contemporâneas (M. J. S. Fuentes, trad.). Carta de São Paulo: Boletim da Escola Brasileira de Psicanálise, 16(edição especial), 7-31.
Di Ciaccia, A. (1999). Da fundação por Um à prática feita por muitos (M. T. P. Pellegrini, trad.). Revista Curinga, (13), 49-54. (Trabalho original publicado em 1998).
França, W. (2014). Ato analítico e instituição: uma interlocução possível? Opção Lacaniana online,5(13), 1-10. Recuperado de http ://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_13/Ato_analitico_e_instituicao.pdf .
Freud, S. (1921/1969). Psicologia de grupo e análise do ego. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras completas (J. Salomão, trad., v. 18, pp. 89-179). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado em 1921).
Kupfer, M. C., Pesaro, M. E., Bernardino, L.M.F., Merletti, C.K.I. (2017). Eixos teóricos da metodologia do estudo de caso da escola: o tempo da criança- sujeito. In M. C. Kupfer, M. H. Souza Patto, & R. Voltolini (Orgs.) Práticas inclusivas em escolas transformadoras: Acolhendo o aluno-sujeito (pp.35-48). São Paulo, SP: Escuta: Fapesp.
Lacan, J. (1998). A direção do tratamento e os princípios de seu poder. In J. Lacan, Escritos (V. Ribeiro, trad., pp.591-652). Rio de Janeiro, RJ : Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1958).
Lacan, J. (2005). O seminário, livro 10: a angústia (V. Ribeiro, trad.). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar. (Apresentação oral em 1962-1963).
Lacan, J. (1998). O seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. (M.D. Magno, trad.). Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar. (Apresentação oral em 1964).
Laurent, É. (2016). O avesso da biopolítica: uma escrita para o gozo. Volume 13. Coleção Opção Lacaniana. Rio de Janeiro, RJ : Contra capa.
Lerner, A. B. C., Fonseca, P. F., Oliveira, G., & Franco, J. C. (2016). Núcleo de Educação Terapêutica : um espaço de invenção na clínica com crianças psicóticas. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 19 (2), 259-274. doi: https ://dx.doi.org/10.1590/1415-4714.2016v19n2p259.5.
Miller, J-A. & Milner, J-C. (2004/2006). Você quer mesmo ser avaliado ? Entrevistas sobre uma máquina de imposturas / Jacques-Alain Miller e Jean Claude Milner ; [V. L. Besset, trad.]. Barueri, SP : Manole. (Trabalho original publicado em 2004). Recuperado de : https ://psiligapsicanalise.files.wordpress.com/2014/09/jacques-alain-miller-e-jean-claude-milner-vocc3aa-quer-mesmo-ser-avaliado.pdf.
Miller, J-A. (2011). A salvação pelos dejetos. In J-A Miller (Org.), Perspectivas dos escritos e outros escritos de Lacan (pp. 227-233). Rio de Janeiro, RJ: Zahar.
Miller, J-A. (2018). Crianças violentas (A. L. Santiago & C. Vidigal, trads.). Opção Lacaniana, (77), 23-31. (Trabalho original publicado em 2017).
Rahme, M. & Mrech, L. M. (2010) Proliferação de objetos e empuxo ao gozo: impactos do discurso capitalista na educação. In O declínio dos saberes e o mercado do gozo, 8, 2010, São Paulo. Proceedings online FE/USP. Recuperado de http ://www.proceedings.scielo.br/scielo.php ?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032010000100054&lng=en&nrm=abn>. Access on : 11 May. 2020.
Ratti, F. C & Estevão, I. R. (2015). Instituição e o ato do psicanalista em sua extimidade. Opção Lacaniana online, 6. (18), 1-12. Recuperado de http ://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_18/Instituicao_e_o_ato_do_psicanalista_em_sua_extimidade.pdf.
Silva, K. C. B. (2010). Educação inclusiva : para todos ou para cada um? Alguns paradoxos (in)convenientes. Pro-Posições, 21, (1), 163-178. doi: https://doi.org/10.1590/S0103-73072010000100011
Viganò, C. (2006). Da instituição ao discurso. Mental, 4(6), 33-40. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1679-44272006000100004&script=sci_arttext
Voltolini, R. (2018). A démarche clínica na formação de professores. In R. Voltolini (Org.). Psicanálise e formação de professores: antiformação docente. (pp. 79-89). São Paulo, SP: Zagodoni/Fapesp.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Eduardo Vallejos da Rocha 2020
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.
O envio dos manuscritos deverá ser acompanhado de Carta à Comissão Executiva solicitando a publicação. Na carta, o(s) autor(es) deve(m) informar eventuais conflitos de interesse - profissionais, financeiros e benefícios diretos ou indiretos - que possam vir a influenciar os resultados da pesquisa. Devem, ainda, revelar as fontes de financiamento envolvidas no trabalho, bem como garantir a privacidade e o anonimato das pessoas envolvidas. Portanto, o(s) autor(es) deve(m) informar os procedimentos da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética da instituição do(s) pesquisador(es) com o número do parecer.
O material deve ser acompanhado também de uma Declaração de Direito Autoral assinada por todo(s) o(s) autor(es) atestando o ineditismo do trabalho, conforme o seguinte modelo:
Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.