Infâncias imigrantes, silêncios e fronteiras do cuidado em um CAPS infantojuvenil

Autori

  • Julia Hatakeyama Joia Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i1p145-159

Parole chiave:

Saúde mental pública, Imigração boliviana, Crianças, Silenciamento

Abstract

Ce travail porte sur les soins psychologiques (de la santé mentale) donnés aux enfants issus de familles boliviennes dans un Centre de Soins Psychosociaux pour enfants et adolescents à São Paulo. Ces enfants ont des difficultés à acquérir la parole et à établir des liens d’interaction sociale. La présentation des vignettes cliniques porte sur l’articulation de leurs histoires avec leurs contextes migratoires et les ruptures de leurs transmissions familiales, leurs expériences d’impuissance et leurs stratégies pour affronter une place sociale dégradée. La tendance à réduire cette complexité au diagnostic de l’autisme est débattue. Le silence de ces enfants et de leurs familles est donc ici compris à la fois comme effets de leurs contextes migratoires mais aussi comme une forme de résistance à la soumission culturelle et identitaire.

Downloads

La data di download non è ancora disponibile.

Biografia autore

  • Julia Hatakeyama Joia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

    Psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil Mooca Giravida. Mestre pelo Programa de Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: julia.joia@gmail.com

Riferimenti bibliografici

Bernardino, L. M. F. (2017). Da babá “catódica” aos duplos virtuais: os novos “outros” da infância contemporânea. In A. Baptista & J. Jerusalinsky (Orgs.), Intoxicações eletrônicas: o sujeito na era das relações virtuais (pp. 146-165). Salvador, BA: Ágalma.

Bezerra, C., Martins Borges, L. & Pereira Cunha, M. (2019, agosto). Filhos das fronteiras: revisão de literatura sobre imigração involuntária, infância e saúde mental. CES Psicologia, 12(2), 26-40. doi: https://doi.org/10.21615/cesp.12.2.3

Branco-Pereira, A. B. (2019). Viajantes do tempo: imigrantes-refugiadas, saúde mental, cultura e racismo na cidade de São Paulo. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

Brandalise, V. H. (2017, 19 de março). Autista não: imigrante. O Estado de São Paulo [online]. Recuperado de: http://www.estadao.com.br.

Brito, G. (2014, 07 de janeiro). Fluxos migratórios recentes já somam novos traços a São Paulo. Rede Brasil Atual [online]. Recuperado de: https://www.redebrasilatual.com.br/

Crafa, D. (2017). Migration and Autism diagnosis. In M. Fitzgerald & J. Yip (Eds.), Autism: paradigms, recent research and clinical applications. [online]. Cap. 5. IntechOpen. doi: 10.5772/65981 https://www.intechopen.com/books/autism-paradigms-recent-research-and-clinical-applications/migration-and-autism-diagnosis

Freitas, M. & Silva, A. (2015, julho/setembro). Crianças bolivianas na educação infantil de São Paulo: adaptação, vulnerabilidades e tensões. Cadernos de Pesquisa, 45(157), 680-702. doi: https://doi.org/10.1590/198053143246.

Freud, S. (1919/2010). O inquietante. In S. Freud, Obras completas. Vol. 14. São Paulo: Companhia das Letras.

Giraud, F. & Moro, M. R. (2004). Parentalidade e migrações. In A. Solis-Ponton & M. C. Pereira da Silva, Ser pai, ser mãe – parentalidade: um desafio para o terceiro milênio (pp. 203-209). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Guarido, R. (2007, janeiro/abril). A medicalização do sofrimento psíquico: considerações sobre o discurso psiquiátrico e seus efeitos na Educação. Educação e Pesquisa, 33(1), 151-161.

Jerusalinsky, J. (2011). Jogos de litoral na direção do tratamento de crianças em estados autísticos. Revista da Associação Psicanalítica de Curitiba, (22), 77-89.

Katz, I. (2019). Infâncias: uma questão para a psicanálise. In L. Surjus & M. A. Moysés (Orgs.), Saúde mental infantojuvenil: territórios, políticas e clínicas de resistência (pp. 85-97). Santos: Unifesp; Abrasme.

Koltai, C. (2000). Política e psicanálise: o estrangeiro. São Paulo: Escuta.

Magalhães, L. F. A., Bógus, L. M. M. & Baeninger, R. (2018). Migrantes haitianos e bolivianos na cidade de São Paulo: transformações econômicas e territorialidades migrantes. REMHU, Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana [online], 26(52), 75-94.doi: https://doi.org/10.1590/1980-85852503880005205.

Masella, A. P. I. (2019). Diferença cultural, políticas e representações sobre inclusão escolar de imigrantes bolivianos no município de São Paulo. (Dissertação de mestrado em Educação: Currículo), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://tede2.pucsp.br/handle/handle/22782

Moro, M. R. (2015). Psicoterapia transcultural da migração. Psicologia USP, 26(2), 186-192. doi: https://doi.org/10.1590/0103-6564D20140017

Novaro, G., Borton, L., Diez, M. L. & Hecht, A. C. (2008). Sonidos del silencio, voces silenciadas: niños indígenas y migrantes en escuelas de Buenos Aires. Revista Mexicana de Investigación Educativa, 13(36), 173-201. Recupero de https://www.redalyc.org/pdf/140/14003608.pdf

Paixão, M. (2020, 27 de janeiro). Dedos amputados e atraso no aprendizado: o drama de bebês criados em oficinas de costura. Reporter Brasil [online]. Recuperado de http:reporterbrasil.org.br.

Primo, J. S., & Rosa, M. D. (2019). Fronteiras invisíveis: alteridade e lugares discursivos. Culturas e Fronteiras, 1(1), 24-42. Recuperado de https://www.periodicos.unir.br/index.php/culturaefronteiras/article/view/4475/pdf

Rosa, M. D. (2016). A clínica psicanalítica em face da dimensão sociopolítica do sofrimento. São Paulo: Escuta; Fapesp.

Rosa, M. D., Berta, S. & Carignato, T. (2009). A condição errante do desejo: os imigrantes, migrantes, refugiados e a prática psicanalítica clínico-política. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 12(3), 497-511. doi: https://doi.org/10.1590/S1415-47142009000300006

Rosa, M. D.; Penha, D. A. & Ferreira, P. D. (2018). Intolerância: fronteiras e psicanálise. Revista Subjetividades, número especial, 105-113. doi:https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v18iEsp.6739

Seincman, P. (2019). Rede transferencial e a clínica migrante: psicanálise em urgência social. São Paulo: Escuta.

Tobace, E. (2016, 10 de julho). O que pode estar por trás do alto índice de autismo entre crianças brasileiras no Japão? BBC News Brasil [online]. Recuperado de https://www.bbc.com/portuguese/internacional-36580919

Pubblicato

2021-04-29

Come citare

Joia, J. H. (2021). Infâncias imigrantes, silêncios e fronteiras do cuidado em um CAPS infantojuvenil. Stili Della Clinica. Rivista Sui Destini dell’infanzia, 26(1), 145-159. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i1p145-159