Dama de Espadas - trajetória de um Blues Carioca
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.150078Palavras-chave:
compositoras brasileiras, Ethnomusicologia feminista, Feminismo, CCanção popular brasileira, Canto popular brasileiroResumo
A canção “Dama de espadas”, de Ilessi e Iara Ferreira, é referência da produção de uma nova geração de compositoras residentes no Rio de Janeiro. Cantautoras intensamente atuantes no cenário artístico contemporâneo, ambas buscam construir novas narrativas na dimensão literária e musical da canção. Buscamos compreender o que as motivou a compor – o contexto de produção, performance e fruição – e observar como se construiu um diálogo com o blues enquanto gênero musical negro surgido nos Estados Unidos, constituindo dois territórios atravessados pelas lutas das mulheres e separados por aproximadamente um século. A análise conta como principais referências os trabalhos de (1) Angela Davis, com o seu panorama sobre a constituição do blues a partir de Bessie Smith e Ma Rainey, e (2) Silvia Federici, com sua abordagem sobre o surgimento do capitalismo e os diversos mecanismos de controle impostos às mulheres para servirem a essa lógica vigente.
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Referências
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Ilessi e Luiza Sales. 2017. Dama de espadas. Meninas do Brasil. https://www.youtube.com/watch?v=0Z-bcFSYzI4.
Entrevistas
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Dias, Luana. Entrevista realizada por telefone. Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 2017. 2 arquivos de áudio totalizando 3’.
Ferreira, Iara. Entrevista realizada na residência da compositora em Copacabana. Rio de Janeiro, 3 de novembro de 2017. 1 arquivo de áudio com 32’.
Ilessi. Entrevista realizada no Instituto Villa-Lobos, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Rio de Janeiro, 8 de novembro de 2017. 5 arquivos de áudio totalizando 53’.
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