Lygia Bojunga e a Literatura Infanto-juvenil: uma Crítica Lúdica e Abordagem à Realidade Social
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v0i23p75-93Resumo
A relação entre literatura e sociedade é uma questão importante na tradição da crítica literária brasileira, portanto não podemos deixar de destacar a fundamental responsabilidade que essa relação exerce na organização da formação ideológica de uma sociedade: a literatura como um compromisso social. A escritora contemporânea Lygia Bojunga constrói as suas narrativas para o público jovem, sempre utilizando a infância como tema principal. Para além disto, as suas obras são caracterizadas por uma marcante infracção dos limites entre realidade e fantasia, repletas de simbologia, o que poderá proporcionar à criança um caminho para a maturidade e para a busca da sua identidade. A escritora por meio de seus contos maravilhosos e realismo mágico eternizou estes valores, o que a tornou numa excelente representativa da literatura infanto-juvenil. Nas suas narrativas, repletas de agradáveis fantasias, que têm por fundamento elementos tomados do real, a autora debate os problemas sociais resultantes da ideologia dominante: a ditadura militar. Partindo deste ponto, este artigo pretende contextualizar Lygia Bojunga Nunes no seu tempo e no seu espaço literário, numa época política em que o Brasil vivia na ditadura, na qual a escritora empenhava-se na luta ideológica. O presente trabalho tem por objetivo reflectir sobre um dos temas importantes de uma de suas narrativas, A Bolsa Amarela, que trata dos problemas existentes nas relações humanas e que faculta uma crítica contundente, por meio de vasta simbologia à realidade social.
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