Pour une conception historicisée et graduelle de la poéticité. L’interaction des dimensions sémantique, énonciative et iconique dans trois poèmes (Sponde, Follain, Bonnefoy)
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v26i2p109-133Mots-clés :
poesia, textualidade, verso e prosa, decontextualização, enunciação, iconicidade, semânticaRésumé
Nous soutenons dans cet article l’idée que les textes poétiques, comme les autres textes, devraient être analysés selon 3 perspectives: sémantique, iconique et énonciative, chacune possédant un pôle positif et un pôle négatif. Du point de vue sémantique, les textes poétiques et scientifiques sont tous deux sur le pôle positif, parce qu’ils créent une nouvelle représentation du monde. Du point de vue iconique, ce que Jakobson appelait la fonction poétique, les poèmes se situent généralement près du pôle positif mais leur position exacte dépend de caractéristiques formelles qui ont changé au fil du temps. Ils partagent cette position avec des textes tels que les publicités, les chansons et les comptines. Du point de vue énonciatif, beaucoup de textes poétiques appartenant au genre lyrique occupent une position moyenne entre les deux pôles, du fait qu’ils ne montrent pas leur nature littéraire et se donnent pour des énoncés de la vie ordinaire, mais il en va différemment pour l’épopée, qui se situe près du pôle positif, comme les romans et les autres textes fictionnels. En définissant 3 perspectives différentes et en situant chaque texte par rapport à un pôle négatif et un pôle positif, nous pouvons mieux apprécier la spécificité des textes poétiques au sein des autres textes, mais aussi prendre en compte l’évolution très forte de la poésie au fil des siècles. Après avoir présenté notre modèle, nous le mettons à l’épreuve de trois poèmes très différents les uns des autres : un sonnet baroque de Jean de Sponde, un poème en vers libres de Jean Follain et un poème en prose d’Yves Bonnefoy.##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
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