The birth of the monster: militiamen, criminal subjection and the body

Authors

  • Tiago Abud da Fonseca Institutos Superiores de Ensino do Censa

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2023.212534

Keywords:

Militias, Drug trafficking, Criminal subjection, Body, State agents

Abstract

The objective of this work is to assess, based on the representation of professional from Public Defender’s Office of Rio de Janeiro, whether the expansion of militias, as a criminal phenomenon in these territory, is related to the participation of State agentes in these criminal groups and whether, in to some extent, the performance of actors in the justice system, based on the sense of body, collaborates with the increase in the power of these organizations. In order to reach the purpose of the research, thirty semi-structured interviews were carried out and the qualitative analysis of the answers made it possible to reveal that a dichotomy between the militia groups ante the criminal factions of the drug retail gave the former the initial pacifying speech in confrontation with the bandits, social enemies to be fought. Whitin this logic of the war on drugs, criminal subjection did not affect the militiamen in the firt twenty years of the 21st century, so that thet could, sheltered by a protective action by the State against some authoritarian practices of the agents of represssion, expand their businesses, in real confusion of the roles of outsiders and insiders.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ALERJ - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (2008). Relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar a ação de milícias no âmbito do estado do Rio de Janeiro, Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.nepp-dh.ufrj.br/relatorio_milicia.pdf. Acesso em: 12 abr. 2021.

ALTHUSSER, Louis (1980). Ideologia e aparelhos ideológicos de Estado. 3ª ed. Lisboa: Editorial Presença/Martins Fontes.

ALVES, José Cláudio Souza (2020). Dos Barões ao Extermínio: Uma História da Violência na Baixada Fluminense. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Consequência.

ALVES, José Claudio Souza (2008). Milícias: mudanças na economia política do crime no Rio de Janeiro. In: Segurança, tráfico e milícia no Rio de Janeiro / organização, Justiça Global. - Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll.

ALVES, Jose Claudio (2021). Milícia: quando o Estado é o crime. Segurança Pública após 1988: história de uma construção inacabada. RUEDIGIER, Marco Aurelio, LIMA, Renato Sergio de. Rio de Janeiro (org.). FGV Editora. FGC DAPP.

BECKER, Howard S (2008 [1963]). Outsiders. Estudos de sociologia do desvio. Rio de Janeiro: Zahar.

BURGOS, Marcelo Baumann (2002). Favela, Cidade e cidadania em Rio das Pedras, v. 1, pp. 21-91, In BURGOS, Marcelo Baumann (Org.). A Utopia da Comunidade. Rio das Pedras, uma favela carioca, Rio de Janeiro: Loyola.

BRAMA, Leonardo (2019). As diversas milícias do Rio de Janeiro entre práticas e semânticas. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal Fluminense. Orientador: Daniel Hirata. Niterói.

CANO, Ignacio e DUARTE, Thais (2020). Milícias. In Crime, Polícia e Justiça no Brasil. Org. Renato Sérgio de Lima, José Luiz Ratton e Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo. 1ª ed., 1ª reimpressão – São Paulo: Contexto, p.225-333.

CANO, Ignacio; DUARTE, Thais (2012). No sapatinho. A evolução das milícias no Rio de Janeiro [2008-2011], (coordenadores); Kryssia Ettel e Fernanda Novaes Cruz (pesquisadoras). - Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll.

CANO, Ignacio; IOOT, Carolina (2008). “Seis por meia dúzia?: Um estudo exploratório do fenômeno das chamadas ‘milícias’ no Rio de Janeiro”. In: JUSTIÇA GLOBAL. Segurança, tráfico e milícias no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll.

COSTA, Greciely Cristina da (2014). Sentidos de milícia: Entre a lei e o crime. Campinas, SP: Editora Unicamp.

COUTO, Vinicius Assis e BEATO FILHO, Claudio (2019). Milícias: o crime organizado por meio de uma análise das redes sociais. Revista Brasileira de Sociologia, v. 07, p. 201-221.

DUARTE, Thais Lemos (2019). Facções criminais e milícias: aproximações e distanciamentos propostos pela literatura. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais - BIB, v. 90, p. 1-16.

FOUCAULT, Michel (2003). “Foucault pour lui-même”. Dirigido por Phillippe Calderon. Co-Produção Arte e BFC Productions, son., cor. (122min).

FOUCAULT, Michel (1987). Vigiar e punir: o nascimento da prisão. Petrópolis, Vozes.

GENI-UFF, FOGO CRUZADO (2022). Mapa histórico dos grupos armados do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, setembro de 2022.

GENI-UFF, OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES(2021). A expansão das milícias no Rio de Janeiro: uso da força estatal, mercado imobiliário e grupos armados. Relatório final, janeiro 2021.

GIDDENS, Anthony (2012). Sociologia. Tradução: Ronaldo Cataldo Costa; revisão técnica: Fernando Coutinho Cotanda. 6ª ed., Porto Alegre, Penso.

GOFFMAN, Erving (2001). Manicômios, Prisões e Conventos. Tradução de Dante Moreira Leite. 7ª edição. São Paulo: Editora Perspectiva.

JESUS, Maria Gorete Marques de, OI, Amanda Hildebrando, ROCHA, Thiago Thadeu da, LAGATTA Pedro (2011). Maria Gorete Marques de Jesus (coordenador). Prisão provisória e lei de drogas: um estudo sobre os flagrantes de tráfico de drogas na cidade de São Paulo. São Paulo, Núcleo de Estudos da Violência/USP.

JESUS, Maria Gorete Marques de (2020). Verdade policial como verdade jurídica: narrativas do tráfico de drogas no sistema de justiça. Revista Brasileira de Ciências Sociais [online]. 2020, v. 35, n. 102 [Acesso em 20 dez. 2022], e3510210. Disponível em: https://doi.org/10.1590/3510210/2020. Epub 20 Dez 2019. ISSN 1806-9053.

KANT DE LIMA, Roberto (2013). Entre as leis e as normas: éticas corporativas e práticas profissionais na segurança pública e na Justiça Criminal. Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 6, p. 549-580.

MANSO, Bruno Paes (2020). A república das milícias. Dos esquadrões da morte a era Bolsonaro. São Paulo: Todavia, 1ª ed.

MINGARDI, Guaracy (2020). Crime Organizado. In: LIMA, Renato Sérgio de; RATTON, José Luiz, AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de (Org.) Crime, polícia e justiça no Brasil. 1ª ed. São Paulo: Contexto, v. 1, p. 318-324.

MISSE, Michel (2010). Crime, sujeito e sujeição criminal: aspectos de uma contribuição analítica sobre a categoria “bandido”. Lua Nova, São Paulo, v. 79, p. 15-38.

MISSE, Michel (1999). Malandros, marginais e vagabundos e a acumulação social da violência no Rio de Janeiro. Tese (Doutorado) em Sociologia, Iuperj, Rio de Janeiro. Disponível em: www.necvu.ifcs.ufrj.br. Acesso em: 20 dez. 2022.

MISSE, Michel (2007). Mercados ilegais, redes de proteção e organização local do crime no Rio de Janeiro. Estudos Avançados, vol. 21, n. 61, p. 139-157.

PAUZEIRO, Mariana Brito (2022). Milícias S.A.: dos flanelinhas às mansões de luxo. Rio de Janeiro: Lumen Juris.

SADEK, Maria Tereza (2010). O sistema de justiça [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 137 p. ISBN: 978-85-7982-039-7. Available from SciELO Books. Disponível em: http://books.scielo.org. Acesso em: 10 nov. 2021.

SANTORO, Antonio Eduardo Ramires, TAVARES, Natália Lucero Frias (2019). A policização da justiça: uma análise sobre a hipótese de Foucault no sistema de justiça criminal brasileiro a partir do direito ao contraditório. Revista de Direito Penal, Processo Penal e Constituição, Belém, v. 5, n. 2, p. 83-102, jul./dez. 2019. Disponível em: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2526-0200/2019.v5i2.6027. Acesso em: 11 nov. 2021.

WERNECK, Alexandre (2015). O ornitorrinco de criminalização: A construção social moral do miliciano a partir dos personagens da ‘violência urbana’ do Rio de Janeiro. Dilemas, Rev. Estud. Conflito Controle Soc., Rio de Janeiro, vol. 8, n. 3, pp. 429-454.

ZAFFARONI, Eugenio Raúl, BATISTA, Nilo, ALAGIA, Alejandro, SLOKAR, Alejandro (2016). Direito penal brasileiro: primeiro volume – Teoria Geral do Direito Penal. Rio de Janeiro, Revan. 2ª edição.

ZALUAR, Alba, CONCEIÇÃO, Isabel Siqueira (2007). Favelas sob o Controle das Milícias no Rio de Janeiro: Que Paz?. São Paulo em Perspectiva, vol. 21, no 2, pp. 89-101.

Published

2023-12-28

Issue

Section

Dossiê Afetividades Marginais, Grupos Armados e Mercados Ilegais

How to Cite

Fonseca, T. A. da . (2023). The birth of the monster: militiamen, criminal subjection and the body: . Plural, 30(02), 211-230. https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2023.212534