Da pessoa abstrata do Estado ao governo dos homens: Estado e soberania na obra de Thomas Hobbes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-2423.v0i1p44-61Keywords:
Hobbes, Estado, soberania, HarringtonAbstract
O artigo tem como objetivo discutir o enigma de como a teoria política hobbesiana consegue enunciar a soberania de um Estado pensado em termos totalmente impessoais e abstratos, como um órgão autônomo em relação às pessoas dos governantes e governados (aspecto do pensamento de Hobbes notado por Quentin Skinner), e ao mesmo tempo defender o poder absoluto de um ou de alguns homens sobre seus súditos (aspecto do pensamento de Hobbes que motivou a crítica de James Harrington, contemporâneo do filósofo inglês). Em uma primeira parte, o artigo procura entender as motivações políticas que levaram Hobbes a formular essa concepção impessoal e abstrata da soberania, situando-a no contexto dos embates teórico-políticos resultantes da guerra civil inglesa. Em uma segunda parte, procura-se mostrar por que um Estado concebido dessa maneira abstrata só pode agir por meio do poder absoluto de um ou alguns homens. Por fim, uma terceira parte se dedica a compreender, à luz do argumento das partes anteriores, a crítica de Harrington segundo a qual Hobbes defende um governo de homens e não de leis.
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