« . . . Mais maintenant est un autre sens » : une lecture du trauma dans les tessitures du travail psychique adolescent
DOI :
https://doi.org/10.1590/0103-6564e220135Mots-clés :
adolescence, trauma émotionnel, pandémie covid-19, psychanalyseRésumé
Cette étude a pour objectif de discuter de possibles incidences et vicissitudes du traumatique, en considérant la pandémie de covid-19, à partir des narrations d’adolescents participants au Projet Jeune Apprenti, dans une recherche-intervention de caractère psychanalytique, avec 26 adolescents répartis en deux groupes, interviewées dans quatre rencontres. Les narrations ont mis en évidence un raccourcissement d’expériences, un aplatissement du temps psychique et une difficulté d’élaboration, culminant en sentiments de paralysie et d’inhibition, en une difficulté de projeter l’avenir et de parfaire l’expérience adolescente. Les rencontres ont été prises, par les adolescents, en tant que mesure potentialisatrice de parole, car elles ont engendré une offre d’écoute, avec des possibilités de production d’issues symboliques de l’expérience immobilisante du trauma. Nous avons pris l’écriture du Journal d’Anne Frank comme inspiration pour penser sur la parole engendrée par la fonction d’écoute et de désir relationné à l’acte analytique. Nous considérons comme fondamental, dans le travail avec des adolescents, de produire des fenêtres d’ouvertures et des espaces de parole engendrés par le désir et l’offre d’écoute.
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