Epidemiologia do HIV em gestantes e sua relação com o período da pandemia de COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2022-0339enPalavras-chave:
HIV, Gravidez, Promoção da Saúde, Epidemiologia, COVID-19Resumo
Objetivo: Analisar, à luz da Teoria Social Ecológica, a evolução dos casos notificados de HIV na gestação em um estado brasileiro e sua relação com o início da pandemia de COVID-19. Método: Estudo retrospectivo, com amostra composta por todas as notificações de HIV gestacional do estado do Ceará - Brasil no período de 2017 a 2021, na plataforma IntegraSUS. A coleta de dados foi realizada em janeiro de 2022. As variáveis analisadas foram organizadas de acordo com os níveis teóricos: macrossistema, exossistema, mesossistema e microssistema. Resultados: Foram registrados 1.173 casos de HIV em gestantes. Ao comparar o período pré e pós-pandemia, observou-se redução da taxa de detecção da doença (de 231 para 122,67 gestantes) e 1,82 vezes mais chances de as mulheres não usarem antirretrovirais no parto após o início da pandemia. Houve redução de 55% de partos vaginais e de 39% de cesarianas das mulheres com diagnóstico de HIV após o início da pandemia. Conclusão: A pandemia de COVID-19 causou impacto epidemiológico e assistencial, levando a uma redução do número de notificações e taxa de detecção de gestantes que vivem com HIV no estado do Ceará. Logo, reforça-se a necessidade de assegurar a cobertura de atenção à saúde, com ações de diagnóstico precoce, garantia de tratamento e uma assistência pré-natal de qualidade.
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