A revolution of hombres jóvenes: Brazilian revolutionary women in guerrilla training in Cuba (1964-1971)

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214776

Keywords:

armed struggle, guerrilla, women, communism, subjectivity

Abstract

Encouraged by the 70th anniversary of the assault on the Moncada headquarter, the beginning of the Cuban revolutionary process, this article aims to analyze the relationship between Brazilian women who engaged in the armed struggle against the civil-military dictatorship and the guerrilla training carried out in Cuba. Through the subjectivity of the militant woman, it seeks to fill a historiographical gap on the relations between Cuba – and its revolutionary model – and the Brazilian revolutionary organizations. Although in a minority, women were present in the Brazilian groups that carried out training on the island from 1964 onwards. In it, they felt the pressures and “unnamed malaise” in the face of a revolutionary model and, especially, a militant model based on a androcentric perspective. The aim is, therefore, to shed light on gender cleavages and difficulties imposed on Brazilian revolutionary women in the context of the predominance of Cuban foquism as a revolutionary strategy.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Higor Codarin, Sem Registro de Afiliação

    Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

References

Fontes documentais

BRASIL. Ministério do Exército. Centro de Inteligência do Exército (CIE). Ofício nº 790-AI. 26/12/1972. 108 p. In: Arquivo Nacional, Fundo de Divisão de Segurança e Informações do Ministério de Relações Exteriores. Disponível em: https://sian.an.gov.br/. Acesso em: 20 ago. 2023. Código de referência: BR DFANBSB Z4.REX.APD.128.

CARNEIRO, Maria Augusta. Entrevista concedida a Denise Rollemberg. In: Arquivo Edgar Leuenroth (AEL/Unicamp). Militância política e luta armada no Brasil, 1996.

FAYAL, Tania. Entrevista concedida a Higor Codarin, via telefone, 21 de dezembro de 2022.

MAGALHÃES, Vera Sílvia. Entrevista concedida a Marcelo Ridenti. In: Arquivo Edgar Leuenroth. Militância Política e Luta Armada, 1986.

MAGALHÃES, Vera Sílvia. Entrevista concedida a Arnaldo Chain, Carlos Zílio, Daniel Aarão Reis Filho, Glória Ferreira, Leilah Landim e Paulo Sérgio Duarte. Arquivo pessoal de Gloria Ferreira, 1998.

Bibliografia

AARÃO REIS FILHO, Daniel. A revolução faltou ao encontro. Os comunistas no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1990.

AARÃO REIS FILHO, Daniel. Entre reforma e revolução: a trajetória do Partido Comunista no Brasil entre 1943-1964. In: AARÃO REIS FILHO, Daniel; RIDENTI, Marcelo (org.). História do Marxismo no Brasil: Partidos e organizações dos anos 1920 aos 1960. Campinas: Editora Unicamp, 2002.

RIBEIRO, Maria Cláudia Badan. Mulheres na luta armada: Protagonismo feminino na ALN (Ação Libertadora Nacional). São Paulo: Alameda Editorial, 2018.

BARÃO, Carlos Alberto. A influência da Revolução Cubana sobre a esquerda brasileira nos anos 60. In: AARÃO REIS FILHO, Daniel; MORAES, João Quartim (org.). História do marxismo no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 2007 [2003], p. 229-280. v. 1.

BARROSO, Carmen Lúcia de Melo; MELLO, Guiomar Namo de. O acesso da mulher ao ensino superior brasileiro. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 15, p. 47-77, 1975. p. 48. Disponível em: https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/1813. Acesso em: 3 jun. 2022.

CODARIN, Higor. Um intelectual anti-intelectualista: Régis Debray e a revolução cubana (1964-1967). Izquierdas, Santiago, n. 49, p. 3799-3816, maio 2020. ISSN 0718-5049.

CARONE, Edgar. O P.C.B (1943-1964). São Paulo: Editora Difel, 1982.

COLLING, Ana Maria. A resistência da mulher à Ditadura Militar no Brasil. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997.

DEBRAY, Regis. Revolução na Revolução? São Paulo: Centro Ed. Latino Americano, s.d. [1967].

GARCIA, Marco Aurélio. O gênero da militância: notas sobre as possibilidades de uma outra história da ação política. Pagu, n. 8-9, 1997.

GORENDER, Jacob. Combate nas trevas. A esquerda brasileira: das ilusões perdidas à luta armada. São Paulo: Expressão Popular/Perseu Ábramo, 2014 [1987].

GUEVARA, Ernesto “Che”. Obra revolucionaria. Organização Roberto Fernandez Retamar. 2. ed. México, DF: Era, 1968.

GUEVARA, Ernesto “Che”. Guerra de Guerrilhas. 10. ed. São Paulo: Edições Populares, 1987 [1960].

GUEVARA, Ernesto “Che”. Obras escogidas. Santiago: Resma, 2004.

HOBSBAWM, Eric. Sexe, symboles, vêtements et socialisme. Actes de la recherche en sciences sociales, v. 23, p. 2-18, sept. 1978. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/arss_0335-5322_1978_num_23_1_2604. Acesso em: 25 jun. 2022.

JOHNSTONE, Monty. Um instrumento político de tipo novo: o partido leninista de vanguarda. In: HOBSBAWM, Eric J. (org.). História do Marxismo. São Paulo: Paz e Terra, 1985. v. 6, p. 13-44.

JOSHUA, Florence. Anticapitalistes. Une sociologie historique de l’engagement. Paris: La Découverte, 2015.

LÊNIN, Vladimir Ilitch. “Que fazer?” [1902]. In: LÊNIN, Vladimir Ilitch. Obras escolhidas, tomo 1. São Paulo: Alfa-Ômega, 1986.

LUNA, Francisco Vidal; KLEIN, Herbert S. Mudanças sociais no período militar (1964-1985). In: AARÃO REIS FILHO, Daniel; PATTO SÁ MOTTA, Rodrigo; RIDENTI, Marcelo (org.). A ditadura que mudou o Brasil: 50 anos do golpe de 1964. Rio de Janeiro: Zahar, 2014. p. 66-91.

MARCHESI, Aldo. Hacer la revolución. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Siglo XXI, 2019. E-book. ISBN 978-987-629-903-9.

MARTÍ, José. Política de Nuestra América. México: Ed. Siglo Veinteuno, 1984.

MARTINS FILHO, João Roberto. Movimento estudantil e ditadura militar: 1964-1968. Campinas: Papirus, 1987.

MARTINS FILHO, João Roberto. Movimento estudantil e militarização do Estado (1964-1968). In: MULLER, ANGELICA. 1968 em movimento. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2018, p. 11-28.

MARKLOUF CARVALHO, Luiz. Mulheres que foram à luta armada. São Paulo: Editora Globo, 1998.

MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004 [1844].

MAS, Sara. “Mujeres en la línea de fuego. Las Marianas.”, Granma, Havana, 4 de dezembro de 2003.

MONIZ BANDEIRA, Luiz Alberto. De Martí a Fidel. A revolução cubana e a América Latina. 2. ed. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2009 [1998].

OBERTI, Alejandra. Las revolucionarias. Buenos Aires, Argentina: Edhasa, 2015.

PATTO SÁ MOTTA, Rodrigo. Desafios e possibilidades na apropriação de cultura política pela historiografia. In: PATTO SÁ MOTTA, Rodrigo (org.). Culturas políticas na História: novos estudos. Belo Horizonte: Argumentum, 2009, p. 13-37.

PATTO SÁ MOTTA, Rodrigo. As universidades e o regime militar: cultura política brasileira e modernização autoritária. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

PEDRO, Joana Maria; WOLFF, Cristina Scheibe; VEIGA, Ana Maria (org.). Resistências, gênero e feminismos contra as ditaduras no Cone Sul. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2011.

PEDRO, Joana Maria. Relações de gênero como categoria transversal na historiografia contemporânea. Topoi, Rio de Janeiro, v. 12, n. 22, p. 270-283, jan. 2011.

PERROT, Michelle. As mulheres ou os silêncios da história. Bauru: EDUSC, 2005.

RAMONET, Ignacio. Fidel Castro: biografia a duas vozes. São Paulo: Boitempo, 2016.

RIDENTI, Marcelo. As mulheres na política brasileira: os anos de chumbo. Tempo Social, v. 2, n. 2, p. 113-128, 1990. DOI: https://doi.org/10.1590/ts.v2i2.84806.

RIDENTI, Marcelo. O fantasma da revolução brasileira. 2. ed. São Paulo: Editora da UNESP, 2010 [1993].

ROLLEMBERG, Denise. O apoio de Cuba à luta armada no Brasil: o treinamento guerrilheiro. Rio de Janeiro: Mauad, 2001.

SALES, Jean Rodrigues. O impacto da revolução cubana sobre as organizações comunistas brasileiras (1959-1974). 2005. 262 p. Tese de doutorado, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP. Disponível em: http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000375071. Acesso em: 19 abr. 2023.

SALES, Jean Rodrigues; ARAÚJO, Rafael; MENDES, Ricardo; SILVA, Tiago (org.). Revolução cubana: ecos, dilemas e embates na América Latina. Aracajú: IFS, 2019.

SARTI, Cynthia. O feminismo brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma trajetória. Estudos Feministas, v. 12, p. 35-50, maio/ago. 2004. p. 38. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/43596613. Acesso em: 17 fev. 2023.

SAWICKI, Frédéric; SIMÉANT, Johanna. Décloisonner la sociologie de l’engagement militant. Note critique sur quelques tendances récentes des travaux français. Sociologie du travail, v. 51, n. 1, p. 97-125, 2009. DOI: https://doi.org/10.1016/j.soctra.2008.12.006.

SETEMY, Adrianna. O mercado de revistas e a construção cultural da transformação dos costumes no Brasil dos anos 1960. Escuta. Revista de política e cultura, 2017. Disponível em: https://revistaescuta.wordpress.com/2017/11/24/o-mercado-de-revistas-e-a-construcao-cultural-da-transformacao-dos-costumes-no-brasil-dos-anos-1960/. Acesso em: 11 ago. 2022.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e realidade, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995.

VIDAURRÁZAGA ARÁNGUIZ, T. ¿El hombre nuevo?: moral revolucionaria guevarista y militancia femenina. El caso del MIR. Nomadías, n. 15, p. 69-89, 2012. Disponível em: https://nomadias.uchile.cl/index.php/NO/article/view/21142. Acesso em: 3 dec. 2023.

WOLFF, Cristina Scheibe. Feminismo e configurações de gênero na guerrilha: perspectivas comparativas no Cone Sul, 1968-1985. Revista Brasileira de História, v. 27, n. 54, p. 19-38, dez. 2007.

WOLFF, Cristina Scheibe. Razón y emoción: mujeres militantes en las dictaduras del cono sur. Historia del presente, n. 33, p. 75-87, 2019.

Published

2024-02-07

Issue

Section

Articles

How to Cite

CODARIN, Higor. A revolution of hombres jóvenes: Brazilian revolutionary women in guerrilla training in Cuba (1964-1971). Revista de História, São Paulo, n. 183, p. 1–21, 2024. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2024.214776. Disponível em: https://www.journals.usp.br/revhistoria/article/view/214776.. Acesso em: 13 may. 2024.