Tupã: o rap indígena dos Brô MC’s como performance micropolítica

Resumo

Este texto aborda uma performance com práticas musicais do grupo Brô MC’s, de rap indígena, em conjunto com a Orquestra Infantil Indígena Ueze Zahran realizada em 2019 no encerramento do XXIV Congresso da Associação Brasileira de Educação Musical. Através de abordagens autoetnográficas, o texto discute e concebe essa performance como micropolítica, segundo as concepções de Suely Rolnik (2019), propondo a necessidade da presença consciente em tais práticas. Enfatiza as ideias de performance conforme abordadas por Schechner e Turner (2006) e adota a concepção de musicar, de Christopher Small (1999), para ampliar as ideias de performance comumente adotadas pela área musical, que se relacionam ao ato de cantar ou tocar um instrumento musical. Sugere também as concepções de escutas de mundo, em alusão às ideias de leituras e pronúncias de mundo de Paulo Freire (2019), associando-a aos conceitos de micropolítica. Propõe-se, assim, a participar de debates antirracistas a partir do universo acadêmico, hegemonicamente identificado como branco.