Mudando o coração, a mente e as calças. A arqueologia sensorial

Autores/as

  • José Roberto Pellini Griphus Consultoria

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2010.89907

Palabras clave:

Arqueologia sensorial, Percepção, Fenomenologia, Materialidade

Resumen

Como tem apontado Classen (1993,1997) e Howes (1991, 2006), estudos etnográficos, históricos e antropológicos têm demonstrado que a percepção sensorial é uma construção cultural, ou seja, os significados que os indivíduos atribuem para os aspectos sensoriais são baseados nos modelos sensoriais adotados socialmente. Sendo assim, cada cultura concebe os sentidos de maneira diferenciada estabelecendo suas próprias hierarquias sensoriais (Howes 2006). Neste sentido, o entendimento sensorial do mundo não é apenas um aspecto fisiológico, mas é culturalmente determinado. Os grupos humanos reconhecerem o aparato sensorial de acordo com seu próprio contexto, criando e mudando sentidos, criando e alterando hierarquias sensoriais. Nós aprendemos a ver, ouvir, sentir. Nós aprendemos a observar e não observar. Neste sentido a Arqueologia Sensorial busca entender a experiência humana a partir da compreensão de como se dá a relação entre os indivíduos e o mundo material, partindo do pressuposto de que da mesma maneira que os objetos suscitam sensibilidades eles são sensíveis aos modelos senso-culturais de um grupo.

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Publicado

2010-12-09

Número

Sección

Artículos

Cómo citar

PELLINI, José Roberto. Mudando o coração, a mente e as calças. A arqueologia sensorial. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, Brasil, n. 20, p. 3–16, 2010. DOI: 10.11606/issn.2448-1750.revmae.2010.89907. Disponível em: https://www.journals.usp.br/revmae/article/view/89907.. Acesso em: 18 may. 2024.