Tratamento cirúrgico da procidência retal: experiência e resultados tardios de 51 pacientes

Autores/as

  • Carlos Walter Sobrado University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • Desidério Roberto Kiss University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • Sérgio C. Nahas University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • Sérgio E. A. Araújo University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • Victor E. Seid University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • Guilherme Cotti University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology
  • Angelita Habr-Gama University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Gastroenterology

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0041-87812004000400003

Palabras clave:

Procidência de Reto, Cirurgia, Prolapso retal, Sacropromontofixação

Resumen

A técnica cirúrgica mais apropriada para a correção da procidência retal permanece motivo de controvérsia. Por se tratar de afecção pouco freqüente, há dificuldade de avaliação de número adequado de pacientes em estudos randomizados e existe pouca evidência para comprovar a superioridade de alguma das técnicas. OBJETIVO: Analisar os resultados de eficácia e segurança do tratamento cirúrgico da procidência retal em pacientes operados entre 1980 e 2002. MÉTODO: Estudo retrospectivo. RESULTADOS: Cinqüenta e um pacientes foram operados. A idade média foi de 56,7 anos e 39 eram mulheres. Além do prolapso, 33 pacientes queixavam-se de eliminação de muco, 31 tinham incontinência anal, 14 apresentavam constipação, 17 com sangramento retal e 3 incontinência urinária. Operações abdominais foram realizadas em 36 (71%) casos, sendo a retopexia sem prótese a operação mais realizada (29 casos) seguida pela retossigmoidectomia com retopexia (5 casos). A operação perineal mais realizada foi a retossigmoidectomia com plastia dos elevadores (12 casos). O sangramento sacral foi a única complicação intra-operatória e ocorreu em dois casos. Como complicação pós-operatória, houve um caso de fístula retovaginal após operação de retossigmoidectomia perineal. Após seguimento médio de 49 meses, observamos recidiva da procidência em 2 casos. CONCLUSÕES: Operações abdominais e perineais podem ser utilizadas com segurança e eficácia no tratamento cirúrgico da procidência do reto. A idade, a presença de afecções associadas, comorbidades e os sintomas de constipação e incontinência são as principais variáveis envolvidas na escolha da operação. As operações de retopexia abdominal e retossigmoidectomia perineal estão associadas a bons resultados.

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Publicado

2004-01-01

Número

Sección

Original Research

Cómo citar

Sobrado, C. W., Kiss, D. R., Nahas, S. C., Araújo, S. E. A., Seid, V. E., Cotti, G., & Habr-Gama, A. (2004). Tratamento cirúrgico da procidência retal: experiência e resultados tardios de 51 pacientes . Revista Do Hospital Das Clínicas, 59(4), 168-171. https://doi.org/10.1590/S0041-87812004000400003