Evolução natural das estenoses nas artérias ilíacas em pacientes com claudicação intermitente submetidos a tratamento clínico

Autores

  • Fernando Bocchino Ferrari University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Hospital das Clínicas
  • Nelson Wolosker University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Hospital das Clínicas
  • Ruben Aizyn Rosoky University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Hospital das Clínicas
  • Giuseppe D'Ippolito University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Hospital das Clínicas
  • Angela Maria Borri Wolosker University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Hospital das Clínicas
  • Pedro Puech-Leão University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Hospital das Clínicas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0041-87812004000600006

Palavras-chave:

Claudicação intermitente, Evolução natural, Aterosclerose, Artéria ilíaca, Estenoses

Resumo

OBJETIVO: Apesar da longa experiência com o tratamento da Claudicação Intermitente, pouco se sabe sobre a evolução natural das estenoses nas artérias ilíacas. Com o advento do tratamento endovascular, esse conhecimento tornou-se importante. MÉTODOS: Foram avaliadas cinqüenta e duas estenoses, diagnosticadas por arteriografia, em 38 pacientes com claudicação intermitente acompanhados clinicamente. Após um intervalo de tempo mínimo de 6 meses, os pacientes foram submetidos a uma angioressonância para determinar se houve oclusão arterial. Principais medidas de avaliação: Foram avaliados os principais fatores que poderiam influenciar a progressão da estenose, como os fatores de risco (tabagismo, hipertensão, diabete, sexo, idade), a aderência ao tratamento clínico,o grau de estenose inicial, sua localização e o tempo de observação. RESULTADOS: O período médio de observação foi de 39 meses. Das 52 lesões analisadas, 13 (25%) evoluíram para oclusão. Quando houve oclusão, ocorreu piora clínica na maioria dos casos (63,2%), sendo esta associação estatisticamente significante (p=0,002). O grau de estenose inicial, sua localização, a aderência ao tratamento e o tempo de observação não apresentaram relação com a progressão da lesão. Os pacientes que evoluíram para oclusão eram mais jovens (p=0,02). Pelo teste de regressão logística, os fatores determinantes da piora clínica foram a oclusão do vaso e a não aderência ao tratamento clínico. CONCLUSÕES: A progressão da estenose para oclusão, que ocorre em 25% dos casos, gera piora clínica. O tratamento clínico, apesar de importante, não preveniu a oclusão arterial, que poderá ser alcançada com o desenvolvimento de drogas que possam estabilizar a placa aterosclerótica ou com intervenções endovasculares precoces.

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Publicado

2004-01-01

Edição

Seção

Pesquisa Original

Como Citar

Ferrari, F. B., Wolosker, N., Rosoky, R. A., D'Ippolito, G., Wolosker, A. M. B., & Puech-Leão, P. (2004). Evolução natural das estenoses nas artérias ilíacas em pacientes com claudicação intermitente submetidos a tratamento clínico . Revista Do Hospital Das Clínicas, 59(6), 341-348. https://doi.org/10.1590/S0041-87812004000600006