Diagnóstico virológico e sorológico de raiva em morcegos de uma área urbana na Amazônia Brasileira

Autores

  • Rubens Souza de OLIVEIRA Universidade Estadual Paulista
  • Lanna Jamile Corrêa da COSTA Universidade Federal do Pará
  • Fernanda Atanaena Gonçalves de ANDRADE Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia
  • Wilson UIEDA Universidade Estadual Paulista
  • Luzia Fátima Alves MARTORELLI Centro de Controle de Zoonoses
  • Ana Paula de Arruda Geraldes KATAOKA Centro de Controle de Zoonoses
  • Elizabeth Salbé Travassos da ROSA Instituto Evandro Chagas
  • Pedro Fernando da Costa VASCONCELOS Instituto Evandro Chagas
  • Armando de Souza PEREIRA Instituto Evandro Chagas
  • Antônio Ismael Barros do CARMO Secretaria de Estado de Saúde Pública
  • Marcus Emanuel Barroncas FERNANDES Universidade Federal do Pará

Resumo

Os surtos de raiva em humanos transmitida por Desmodus rotundus em 2004 e 2005 no nordeste do estado do Pará, Brasil, Amazônia Oriental, fizeram desta uma área prioritária para estudos sobre essa zoonose. Diante disso, o presente estudo fornece dados sobre esse fenômeno em contexto urbano, afim de avaliar uma possível circulação do vírus clássico da raiva (RABV) entre espécies de morcegos em Capanema, cidade localizada na bacia Amazônica. Os morcegos foram coletados em 2011, com auxílio de redes de espera durante as estações seca e chuvosa. Amostras de encéfalo e de sangue foram coletadas para o diagnóstico virológico e sorológico, respectivamente. Das 153 amostras de encéfalo analisadas, nenhuma encontrou-se positiva para infecção pelo RABV, porém, 50,34% (95% CI: 45,67-55,01) das amostras de soro analisadas estavam soropositivas. Artibeus planirostris foi a espécie mais comum, e seu percentual de indivíduos soropositivos foi bem elevado (52.46%, 95% CI: 52,31-52,60). Porções estatisticamente iguais de soropositivos foram registrados nas estações (c2 = 0,057, d.f. = 1, p = 0,88). Uma porção significativamente elevada de machos (55,96%, 95% CI: 48,96%-62,96%), e adultos (52,37%, 95% CI: 47,35%-57,39%) foram soropositivos. Apesar de nenhuma das amostras de encéfalo terem sido positivas para raiva, a alta proporção de espécimes soropositivos indica uma possível circulação do RABV nessa área urbana.

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Publicado

2015-12-01

Edição

Seção

Virologia

Como Citar

OLIVEIRA, R. S. de, COSTA, L. J. C. da, ANDRADE, F. A. G. de, UIEDA, W., MARTORELLI, L. F. A., KATAOKA, A. P. de A. G., ROSA, E. S. T. da, VASCONCELOS, P. F. da C., PEREIRA, A. de S., CARMO, A. I. B. do, & FERNANDES, M. E. B. (2015). Diagnóstico virológico e sorológico de raiva em morcegos de uma área urbana na Amazônia Brasileira . Revista Do Instituto De Medicina Tropical De São Paulo, 57(6), 497-503. https://www.journals.usp.br/rimtsp/article/view/112764