Vasos sanguíneos em gânglios no esôfago humano poderiam explicar a maior freqüência de megaesôfago comparado com megacolon
Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar se existem ou não vasos sanguíneos no interior de gânglios do plexo mientérico do esôfago e cólon humano. Foram examinados 15 casos de necrópsias de natimortos, recém-nascidos e crianças de até dois anos de idade, sem alterações gastrintestinais, que faleceram por doenças em outros órgãos. Foram analisados anéis do esôfago e cólon, fixados em formol e processados para inclusão em parafina. Cortes histológicos escalonados foram corados pelas técnicas de hematoxilina-eosina, Giemsa e imuno-histoquímica para caracterização das células endoteliais, utilizando-se os anticorpos anti-fator VIII e CD 31. Foram identificados vasos sanguíneos no interior de gânglios do plexo mientérico do esôfago em todos os casos e não foram vistos vasos sanguíneos em nenhum gânglio do cólon. Concluímos que os gânglios do plexo mientérico do esôfago são vascularizados e, os do cólon, avasculares. A vascularização no interior dos gânglios do esôfago pode facilitar a entrada de agentes infecciosos, bem como o desenvolvimento de respostas inflamatórias (ganglionite) e denervação, como encontrados na doença de Chagas e na acalásia idiopática. Isso pode explicar a frequência maior de megaesôfago comparado com megacólon.Downloads
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Publicado
2014-12-01
Edição
Seção
Megaesôfago/Megacólon
Como Citar
Adad, S. J., Etchebehere, R. M., & Jammal, A. A. (2014). Vasos sanguíneos em gânglios no esôfago humano poderiam explicar a maior freqüência de megaesôfago comparado com megacolon. Revista Do Instituto De Medicina Tropical De São Paulo, 56(6), 529-532. https://www.journals.usp.br/rimtsp/article/view/87667