Perspectivas atuais sobre políticas, produção, comércio e uso de drogas: apresentação ao dossiê "Drogas e Sociedade em uma perspectiva comparada"

Autori

  • Marcos César Alvarez Universidade de São Paulo. Departamento de Sociologia
  • Paulo César Pontes Fraga Universidade Federal de Juiz de Fora. Departamento de Ciências Sociais
  • Marcelo da Silveira Campos Universidade Federal da Grande Dourados

DOI:

https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2017.133303

Parole chiave:

Drogas, Política de Drogas, Tráfico de drogas

Abstract

Os estudos e as pesquisas sobre os usos de substâncias variadas que são caracterizadas pelo termo “droga” fazem parte já há décadas das reflexões das Ciências Sociais. Se em parte das pesquisas relacionadas às áreas como a Biologia, a Medicina ou a Psicologia ganha destaque o problema do uso de determinadas substâncias que alteram comportamentos e que podem levar à dependência química e produzir consequências diversas no organismo, no âmbito das Ciências Sociais há uma preocupação constante em desnaturalizar a questão e mostrar como, não somente o uso de “drogas”, mas a própria formulação de tal uso como “problema social” ganha configurações diversas, de acordo com específicos contextos históricos, sociais, políticos e econômicos. 

Downloads

La data di download non è ancora disponibile.

Biografie autore

  • Marcos César Alvarez, Universidade de São Paulo. Departamento de Sociologia

    Professor livre-docente no Departamento de Sociologia da USP, membro do Núcleo de Estudos da Violência e pesquisador do projeto temático da Fapesp intitulado “A gestão do conflito na produção da cidade contemporânea: a experiência paulista”, coordenado por Vera da Silva Telles.

  • Paulo César Pontes Fraga, Universidade Federal de Juiz de Fora. Departamento de Ciências Sociais

    Professor adjunto do Departamento de Ciências Sociais da UFJF.

  • Marcelo da Silveira Campos, Universidade Federal da Grande Dourados

    Doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo, professor adjunto da Universidade Federal da Grande Dourados e pesquisador do projeto temático da Fapesp intitulado “A gestão do conflito na produção da cidade contemporânea: a experiência paulista”, coordenado por Vera da Silva Telles.

Riferimenti bibliografici

Barber, B. (1967), Drugs and society. Nova York, Russell Sage Foundation.

Beauchesne, L. (2006), Les coûts cachés de la prohibition. Montreal, Lanctôt.

Becker, Howard. (1996), “A Escola de Chicago”. Revista Mana, 2 (2): 177-188.

______. (2008), Outsiders: estudos de sociologia do desvio. Rio de Janeiro, Zahar.

Bergeron, H. (1999), L’État et la toxiconomie: histoire d’une singularité française. Paris, puf.

Biondi, K. & Marques, A. (2010), “Memória e historicidade em dois ‘comandos’ prisionais”. Lua Nova, 79: 39-70.

Brunelle, N.; Brochu, S. & Cousineau, M. M. (2000), “Drug-crime relations among drug-consuming juvenile delinquents: a tripartite model and more”. Contemporary Drug Problems, 27: 835-866.

Campos, Marcelo da Silveira. (2015a), “Drogas e justiça criminal em São Paulo: uma análise da origem social dos criminalizados por drogas desde 2004 a 2009”. Contemporânea – Revista de Sociologia da ufscar, 5 (1): 167-189.

______. (2015b), Pela metade: as principais implicações da nova lei de drogas no sistema de justiça criminal em São Paulo. São Paulo, tese de doutorado em sociologia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Coulon, Alain. (1995), A Escola de Chicago. São Paulo, Papirus.

Das, V. & Poole, D. (orgs.). (2004), Anthropology in themargins of the State. Santa Fé, Oxford, School of American Research Press/James Currey.

Dias, C. N. (2013), pcc: hegemonia nas prisões e monopólio da violência. São Paulo, Saraiva. Feltran, G. (2011), Fronteiras da tensão: política e violência nas periferias de São Paulo. São Paulo, Editora da Unesp/cem/Cebrap.

Foucault, M. (1979), “Sobre a história da sexualidade”. In: _______. Microfísica do poder. Rio de Janeiro, Graal.

______. (1992), “A vida dos homens infames”. In: _______. O que é um autor? Lisboa, Passagens, pp. 89-128.

______. (2006), Michel Foucault: entrevistas. Rio de Janeiro, Graal.

______. (2013), La société punitive: Cours au Collège de France 1972-1973. Paris, ehess/Galimmard/Seuil.

Fraga, P. C. P. (2010), Crime, drogas e políticas. Ilhéus, Editus.

______. (2012), “Les actions d’éradication des plantations considérées illicites en Amérique Latine et au Brésil”. Déviance et Société, 36: 115-135.

______ & Iulianelli, J. A. S. (2011), “Plantios ilícitos de cannabis no Brasil: desigualdade, alternativa de renda e cultivo de compensação”. Revista Dilemas, 4 (1): 11-39.

Goffman, E. (2009), “Acalmando o otário: alguns aspectos de adaptação à falha”. Plural, 16 (1): 195-211.

Grillo, C. C.; Policarpo, F. & Verissimo, M. (2011), “A ‘dura’ e o ‘desenrolo’: efeitos práticos da nova lei de drogas no Rio de Janeiro”. Revista de Sociologia e Política, 19 (40):135-148.

Hughes, E. C. (1958), Men and their work. Londres, The Free Press of Glencoe.

Jesus, Maria Gorete Marques de. (2016), O que está no mundo não está nos autos: a construção da verdade jurídica nos processos criminais de tráfico de drogas. São Paulo, tese de doutorado em sociologia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

Knipe, E. (1995), Culture, society and drugs: the social science approach to drug use. Nova York, Waveland Press.

Kokoreff, M. (2005), “Toxicomanie et trafics de drogues: diversité des cheminements et effets de génération au sein des milieux populares en France”. In: Brunelle, N. & Cousineau, M. (eds.), Trajectoires de déviance juvénile: les éclairages de la recherche qualitative. Quebec, Presses de L’Université du Québec, pp. 31-60.

Laniel, L. (2001), “Drugs in Southern Africa: business as usual”. International Social Science Journal, 53 (169): 407-414.

______ & Perez, P. (2004), “Croissance et… croissance de l’économie du cannabis en Afrique subsaharienne (1980-2000)”. Hérodote, 112 (1): 122-138.

Machado da Silva, L. A. (2004), “Sociabilidade violenta: por uma interpretação da criminalidade contemporânea no Brasil urbano”. Sociedade e Estado, 19 (1): 53-84.

Maldonado, S. (2009), “Territorios, ilegalidades y soberanías de los Estados-nación en torno de las drogas”. E-Quadern, 13: 1-28.

Misse, M. (1997), “As ligações perigosas: mercado informal ilegal, narcotráfico e violência no Rio”. Contemporaneidade e Educação, 1 (2): 93-116.

______. (2011a), “Crime organizado e crime comum no Rio de Janeiro: diferenças e afinidades”. Revista de Sociologia e Política, 19 (40): 13-25.

Mooney, Linda A.; Knox, David & Schacht, Caroline. (2016), “Problemas sociais: uma análise sociológica da atualidade”. São Paulo, Cengage Learning.

Pharo, P. (2006), Plaisir et intempérance: anthropologie morale de l’addiction. Paris, cnrs.

Rui, Taniele. (2012), Corpos abjetos: etnografia em cenários de uso e comércio de crack. Campinas, tese de doutorado em antropologia social, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas.

Telles, V. da S. (2009), “Ilegalismos urbanos e a cidade”. Novos Estudos Cebrap, 84: 153-173.

______. & Hirata, D. V. (2007), “Cidade e práticas urbanas: nas fronteiras incertas entre o ilegal, o informal e o ilícito”. Estudos Avançados, 21 (61): 173-191.

Velho, G. (1977), Desvio e divergência: uma crítica da patologia social. 2. ed. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

______. (1998), Nobres e anjos: um estudo de tóxicos e hierarquia. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas Editora.

______. (2002), “Becker, Goffman e a antropologia no Brasil”. Sociologia: Problemas e Práticas, 38: 9-17.

______. (2004), Individualismo e cultura: notas para uma antropologia da sociedade contemporânea. 7 ed. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

Whyte, William Foote. (2005), Sociedade de esquina: estrutura social de uma área urbana pobre e degradada. Rio de Janeiro, Zahar.

Zaluar, A. (1994), Drogas e cidadania. São Paulo, Brasiliense.

______. (2004), Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas Editora.

Pubblicato

2017-08-08

Fascicolo

Sezione

Dossiê: Drogas e sociedade em uma perspectiva comparada

Come citare

Alvarez, M. C., Fraga, P. C. P., & Campos, M. da S. (2017). Perspectivas atuais sobre políticas, produção, comércio e uso de drogas: apresentação ao dossiê "Drogas e Sociedade em uma perspectiva comparada". Tempo Social, 29(2), 1-14. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2017.133303