Pensar a lusofonia: o diálogo sul-sul

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.i41.184058

Palavras-chave:

lusofonia, di´álogo, sul-sul, Gramiro de Matos

Resumo

A ideia da lusofonia tem origem com o advento da expansão marítima portuguesa e, desde então, passou por diferentes compreensões. O imaginário que enreda a noção de lusofonia agrega povos culturalmente diversos, sobretudo quando pensamos na multiplicidade étnica das nações africanas que foram colônias de Portugal. Após as independências políticas desses países, fez-se necessário repensar o conceito a partir de uma perspectiva descolonizadora. Nesse sentido, o artigo traz essa problematização, refletindo acerca do protagonismo do diálogo sul-sul para a emancipação também  literária dos países africanos de língua portuguesa. Destacamos na discussão a tese de doutorado do escritor brasileiro Gramiro de Matos sobre a importância da literatura brasileira para as africanas, como influência libertadora.

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Biografia do Autor

  • Josyane Malta Nascimento, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira

    Professora Adjunta de Literaturas em Língua Portuguesa na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (UNILAB). 

    Pós-doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas da UFRJ

    Doutora em Letras, Estudos Literários, pelo programa de pósgraduação da Universidade Federal de Juiz de Fora com bolsa CNPQ de doutoramento sanduíche pela Universidade de Coimbra.

    Mestrado em Letras, Teoria da Literatura, pela UFJF.

    Licenciatura plena em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa e respectivas Literaturas.

    Autora do livro Itinerários de outra razão: perspectivas utópicas no ensaísmo de Natália Correia, publicado pela Chiado editora, em Lisboa.

Referências

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Publicado

2022-07-28

Edição

Seção

Dossiê 41: Margens do Atlântico em Português

Como Citar

NASCIMENTO, Josyane Malta. Pensar a lusofonia: o diálogo sul-sul. Via Atlântica, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 402–420, 2022. DOI: 10.11606/va.i41.184058. Disponível em: https://www.journals.usp.br/viaatlantica/article/view/184058.. Acesso em: 10 maio. 2024.