Das páginas do livro para a tela do Cinema: um estudo comparativo entre as adaptações fílmicas de Ratos e Homens, de John Steinbeck
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i16p74-90Mots-clés :
, Literatura e Cinema, Adaptação fílmica, Fidelidade, Adaptação criativaRésumé
O presente artigo visa empreender um estudo comparativo entre a obra literária Ratos e Homens (1937), do escritor estadunidense John Steinbeck, e suas duas adaptações para o Cinema, ocorridas, respectivamente, em 1939, sob a direção de Lewis Milestone, e no ano de 1992, dirigida por Gary Sinise. Este confronto é embasado pela Teoria da Adaptação e da Tradução Intersemiótica e objetiva verificar e interpretar, a partir deste cotejo, os processos de (re)criação da obra literária para a Sétima Arte, ocasionados pela transposição de sistemas semióticos distintos. Após longa análise e discussão, pudemos constatar, de modo incisivo, que toda adaptação cinematográfica, fruto da interpretação subjetiva de um dado número de adaptadores, deve ser estudada como uma obra autônoma e, por o ser, do mesmo modo não pode ser julgada pelo critério da fidelidade, já que esta se torna impossível ao longo do processo de adaptação. Detectamos, outrossim, que as adaptações criativas de ambos os roteiristas e diretores se deram, principalmente, pela leitura subjetiva dos mesmos.##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
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