A Revolução Biotecnológica: história e indústria no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-2158.i16p72-98Palavras-chave:
Biotecnologia, Revolução biotecnológica, Industria brasileiraResumo
No século XX assiste-se ao despontar do que se consagrou chamar de novas tecnologias. Procurar-se-á discutir aqui, em perspectiva histórica, o que diversos autores avaliam como sendo a revolução do século XXI, a “revolução biotecnológica”, que poderá configurar ou não “nosso futuro pós-humano”, expressão que constitui título de outra obra do consagrado autor de “O Fim da História” - seria o nosso futuro pós-história? -, Francis Fukuyama. Produtos de base biológica floresceram muito em função do imperialismo em expansão, principalmente a partir de meados do século XIX, tendo em vista o combate à malária, febre amarela, assim como o melhoramento de animais e plantas, entre outros desenvolvimentos – a palavra biotecnologia surge no começo do século XX, mas só terá sua difusão nas décadas finais do mesmo. Novo impulso foi dado em 1953, com a descoberta da estrutura em espiral da molécula de DNA que contém o código genético. Talvez nenhum fato científico nas últimas décadas tenha sido mais ansiosamente aguardado e retumbantemente anunciado quanto a conclusão do Projeto Genoma Humano pelos governos inglês e americano em 26 de junho de 2000.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Anna Luiza Ozorio de (Coord.). Biotecnologia e Agricultura: Perspectivas para o Caso Brasileiro. Rio de Janeiro: Vozes/Biomatrix, 1984.
BLACK, E. A Guerra contra os Fracos. São Paulo: Girafa Editora, 2003.
BRZEZINSKI, Zbigniew. América: Laboratório do Mundo: A Era Tecnetrônica & o Desafio Universal. Traduzido por J. A. Fortes; Rio de Janeiro: Ed. Artenova, 1971 (original norte-americano: Between Two Ages: America’s Role in the Technetronic Era, 1969; trad. francesa: La Révolution Technétronique, Paris, 1970).
BUD, Robert. The Uses of Life: A History of Biotechnology. Cambridge: Cambridge University Press, 1994.
CÂMARA, Alcino Ferreira. “O Processo de Modernização da Agricultura”. In: ALMEIDA, A. L. O. de (Coord.). Biotecnologia e Agricultura..., 1984.
CASTELLS, Manuel. The Informational City: Information Technology, Economic Restructuring and the Urban-Regional Process. Blackwell, Oxford UK & Cambridge USA, 1994.
FUKUYAMA, Francis. Nosso Futuro Pós-Humano: Conseqüências da Revolução da Biotecnologia. Trad. de Maria Luiza X. de A. Borges; Rio de Janeiro: Rocco, 2003.
FUNDAÇÃO BIOMINAS. Estudo de Empresas de Biotecnologia do Brasil; Minas Gerais, 2007. In: http://win.biominas.org.br/estudobio/estudo/download/resumo_estudo_biominas_2007.pdf.
FUNDAÇÃO BIOMINAS. Biotecnologia no Brasil. In: http://win.biominas.org.br/biominas2008/content7.asp?id=91&versao=1&template=7&menum=1&area=4
FUNDAÇÃO BIOMINAS. Estudo das Empresas de Biociências Brasil 2009: In: http://win.biominas.org.br/biominas2008/File/estudo%20setorial%20site.pdf.
GASSEN, Hans Günter. “Biotecnologia para Países em Desenvolvimento”. In: GASSEN, H. G. et. al. Biotecnologia em Discussão (Cadernos Adenauer 8). São Paulo: Fundação Konrad Adenauer, 2000, pp.9-18.
GOLISZEK, Andrew. Cobaias Humanas: A história secreta do sofrimento provocado em nome da ciência. Trad. de Vera de Paula Assis; Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
GOMENSORO, Sônia C. M., “A Implantação e Consolidação do ‘Pacote’ Tecnológico de Insumos e Máquinas no Brasil”. In: ALMEIDA, Biotecnologia e Agricultura..., 1984.
GROS, François. “Histoire des Biotechnologies”. In: : JORLAND, Gérard (Dir.). Des Technologies pour Demain: Biotechnologies, Fusion Nucléaire, Laser, Supraconducteurs. Paris: Éditions du Seuil, 1992, pp. 31-43.
HUBER, Gérard “Desvio Ideológico e Proteção Ética”. In: MAYOR, Federico e FORTI, Augusto. Ciência e Poder; trad. de Roberto Leal Ferreira, Campinas, SP: Papirus; Brasília: CNPq; UNESCO, 1998.
HUGHES, Sally Smith. “Making Dollars Out of DNA: The First Major Patent in Biotechnology and the Commercialization of Molecular Biology, 1974-1980”. Isis, Vol. 92, No 3, September 2001, pp. 541-575.
ILLICH, Ivan. A Expropriação da Saúde: Nêmesis da Medicina. Trad. de José Kosinski de Cavalcanti; Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2a ed., s/d (ed. francesa: 1975).
JORLAND, Gérard. “Introduction: De la Coupe aux Lèvres...”. In: JORLAND, Gérard (Dir.). Des Technologies pour Demain: Biotechnologies, Fusion Nucléaire, Laser, Supraconducteurs. Paris: Éditions du Seuil, 1992.
KELLER, Evelyn Fox. O Século do Gene. Trad. de Nelson Vaz; Belo Horizonte: Crisálida, 2002.
KOURILSKY, Philippe. “Les Biotechnologies dans le Champ du Vivant”. In: JORLAND, Gérard (Dir.). Des Technologies pour Demain: Biotechnologies, Fusion Nucléaire, Laser, Supraconducteurs. Paris: Éditions du Seuil, 1992, pp. 45-68.
LEWONTIN, R. C. Biologia como Ideologia: A Doutrina do ADN. Tradução de Margarida Amaral; Lisboa: Relógio D’Água, 1998.
MAYOR, Federico e FORTI, Augusto. Ciência e Poder; trad. de Roberto Leal Ferreira, Campinas, SP: Papirus; Brasília: CNPq; UNESCO, 1998.
MAYR, Ernst. Biologia, Ciência Única: Reflexões sobre a autonomia de uma disciplina científica. Trad. de Marcelo Leite; São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
MOLINA, Alfonso Hernán. The Social Basis of the Microelectronics Revolution. Edinburgh: Edinburgh University Press, 1989.
MOTOYAMA, Shozo (Org.). Prelúdio para uma História: Ciência e Tecnologia no Brasil. São Paulo: EDUSP/FAPESP, 2004.
ORGANIZATION FOR ECONOMIC COOPERATION AND DEVELOPMENT (OECD), Biotechnology Statistics Database, January 2009. In: http://www.oecd.org/dataoecd/4/23/42833898.pdf.
PALMEIRA, Moacir, “Modernização, Estado e Questão Agrária”, Estudos Avançados, 3 (7): 87-108, 1989.
QUEIROZ, Francisco Assis de. A Revolução Microeletrônica: Pioneirismos Brasileiros e Utopias Tecnotrônicas. São Paulo: Annablume/FAPESP, 2007.
QUEIROZ, Francisco Assis de. “Industrialização e Modernização no Brasil: 1930-1964”, Revista de Geografia, UEL, julh./dez. 2002, pp. 47-56.
RIFKIN, Jeremy. O Século da Biotecnologia. Trad. de Arão Sapiro; São Paulo: MAKRON Books, 1999.
SANTOS, Agnaldo dos. Entre o Cercamento e a Dádiva: A Inovação sob Cooperação e os Caminhos da Abordagem Aberta em Biotecnologia. Tese de Doutorado em Sociologia; São Paulo: USP, 2006.
SAUTIER, René. “La Révolution Bio-Industrielle”. In: JORLAND, Gérard (Dir.). Des Technologies pour Demain: Biotechnologies, Fusion Nucléaire, Laser, Supraconducteurs. Paris: Éditions du Seuil, 1992, pp. 87-103.
SEVCENKO, Nicolau a. “Introdução. O prelúdio republicano, astúcias da ordem e ilusões do progresso”. In: História da Vida Privada no Brasil / coordenador-geral da coleção Fernando A. Novais; organizador do volume Nicolau Sevcenko. – São Paulo: Companhia das Letras, 1998, vol. 3, pp. 7-48.
SEVCENKO, Nicolau b. “A capital irradiante: técnica, ritmos e ritos do Rio”. In: Idem, ibidem, pp. 513-619.
SIMPSON, Andrew J. G. et al. The genome sequence of the plant pathogen Xylella fastidiosa. Nature 406, 151-157, 13 July 2000.
SKIDMORE, Thomas. Preto no Branco: Raça e Nacionalidade no Pensamento Brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
THOMAS, Daniel. “L´état des Recherches Biotechnologiques”. In: JORLAND, Gérard (Dir.). Des Technologies pour Demain: Biotechnologies, Fusion Nucléaire, Laser, Supraconducteurs. Paris: Éditions du Seuil, 1992, pp. 69-86.
VARGAS, Milton (Org.). História da Técnica e da Tecnologia no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista: Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, 1994.
WATSON, James, com Andrew Berry. DNA: O Segredo da Vida. Trad. de Carlos Afonso Malferrari; São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Francisco Rômulo Monte Ferreira, Francisco Assis de Queiroz, Lauro Fabiano de Souza Carvalho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution na modalidade "Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional" (CC BY-NC 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Qualquer dúvida ou reclamação sobre direitos autorais devem ser direcionadas ao Conselho Editorial o qual apreciará e se manifestará conforme as diretrizes do Committee on Publications Ethics (COPE).